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Idoso de 100 anos que matou trabalhador no Largo 2 de Julho vai a juri popular

Foto: reprodução vídeo redes sociais

O ex-policial e idoso de 100 anos que matou um homem a tiros após presenciar uma briga de casal, em Salvador, em agosto de 2021, vai a júri popular. A decisão do Tribunal de Justiça da Bahia foi divulgada na quarta-feira (12) e cabe recurso.

Relembre o caso

Foto: reprodução redes sociais – Welton Lopes Costa, de 34 anos, que foi morto a tiros pelo idoso

Welton Lopes Costa, de 34 anos, que foi morto a tiros pelo idoso, que na época tinha 98 anos, identificado como Emiliano Melo dos Santos. O atirador é Policial Militar aposentado. O crime ocorreu no bairro Dois de Julho, no centro da capital baiana.

Emiliano dos Santos foi denunciado pelos crimes de homicídio, com recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima, e por lesão culposa contra a companheira da vítima, que também foi baleada.

O idoso teve prisão domiciliar cumprida, ainda em 2021. Ele usa tornozeleira eletrônica. O coordenador da 3ª Delegacia de Homicídios/BTS, delegado Oscar Vieira, informou que durante as investigações, os policiais conseguiram informações de que o idoso tem um histórico de ações violentas, o que levou a polícia a solicitar medidas cautelares.

O crime ocorreu em 2021, após uma discussão entre o idoso e Welton. A situação ocorreu depois que a vítima foi buscar a companheira em uma padaria, que fica no bairro, como contou, na ocasião, Welbert, irmão da vítima.

“A esposa dele [de Welton] trabalha na padaria aqui no bairro. Ela estava demorando para chegar [até o carro onde Welton a esperava], e eles já tinham um compromisso, eles iam sair, e as crianças estavam aguardando para o almoço. Então ele [Welton] foi ver o que estava acontecendo, e viu que a padaria estava fechada. Quando ele olhou pra trás, ele viu ela na porta do bar. Já chateado porque ela estava demorando a chegar, ele foi até ela e começou uma discussão”, contou.

Um vídeo feito por um morador flagrou parte da discussão e o barulho dos disparos. As imagens mostraram Welton Lopes Costa, acompanhado da esposa, enquanto discutia com o idoso.

A vítima seguiu andando, de costas para o suspeito, quando todos deixam de aparecer na filmagem. Em seguida, sem que os dois apareçam no vídeo, é ouvido o barulho dos disparos. Após o crime, os moradores seguraram o idoso no local até a chegada da polícia.

Em outro momento do vídeo é possível ouvir um dos irmãos da vítima questionando o idoso, logo após o barulho dos tiros ser ouvido. “Por que o senhor fez isso com meu irmão? É um pai de família, trabalhador. Você vai ficar aqui. Você está preso em flagrante”, diz o irmão de Welton.

No dia do crime, o idoso foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi ouvido e liberado após alegar legítima defesa, versão contestada pela família de Welton.

Um dia após o crime, o prédio onde o idoso morava foi vandalizado. Mensagens de ameaça ao policial militar aposentado foram pichadas no imóvel.

“Eu fui perguntar a esse senhor, a esse bandido, esse assassino, o porquê dele ter feito isso com meu irmão, e ele disse que meu irmão desrespeitou ele. Em nenhum momento meu irmão agrediu ele. Meu irmão não esperava. Ele só falou e deu as costas”, afirmou o irmão da vítima.

Um dia após o crime, o prédio onde o idoso morava foi vandalizado. Mensagens de ameaça ao policial militar aposentado foram pichadas no imóvel.

“Eu fui perguntar a esse senhor, a esse bandido, esse assassino, o porquê dele ter feito isso com meu irmão, e ele disse que meu irmão desrespeitou ele. Em nenhum momento meu irmão agrediu ele. Meu irmão não esperava. Ele só falou e deu as costas”, afirmou o irmão da vítima.

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