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Senador Flávio Bolsonaro é denunciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso da ‘rachadinha’

O Senador foi denunciado pelo Ministério Público do Rio pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa nas investigações do Caso Queiroz

O Senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), o filho zero um do presidente Jair Bolsonaro, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e apropriação indébita no âmbito das investigações do caso Queiroz, segundo adiantou o jornal Estado de S. Paulo. A denúncia foi apresentada ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio em 19 de Outubro, mas foi recebida pelo desembargador, que na ocasião estava de férias, somente nesta terça-feira. Flávio é apontado como líder de um esquema corrupto —apelidado de rachadinha— que desviava parte dos salários —pagos com dinheiro público— de 23 ex-assessores de seu gabinete entre 2007 e 2018, período em que foi deputado estadual no Rio. O ex-policial militar e ex-assessor Fabricio Queiroz, espécie de faz tudo da família Bolsonaro, é tido como operador financeiro do grupo e foi denunciado, junto com outros 15 ex-assessores, pelos mesmos crimes que seu antigo chefe. Ambos negam as acusações.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), o filho zero um do presidente Jair Bolsonaro, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e apropriação indébita no âmbito das investigações do caso Queiroz, segundo adiantou o jornal Estado de S. Paulo. A denúncia foi apresentada ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio em 19 de outubro, mas foi recebida pelo desembargador, que na ocasião estava de férias, somente nesta terça-feira. Flávio é apontado como líder de um esquema corrupto —apelidado de rachadinha— que desviava parte dos salários —pagos com dinheiro público— de 23 ex-assessores de seu gabinete entre 2007 e 2018, período em que foi deputado estadual no Rio. O ex-policial militar e ex-assessor Fabricio Queiroz, espécie de faz tudo da família Bolsonaro, é tido como operador financeiro do grupo e foi denunciado, junto com outros 15 ex-assessores, pelos mesmos crimes que seu antigo chefe. Ambos negam as acusações.

A ocultação do dinheiro também se dava a partir de transações imobiliárias de pagamentos na loja de chocolates da qual Flávio Bolsonaro era sócio. Além disso, o inquérito também reforçou ainda mais o elo de Queiroz e da família Bolsonaro com Adriano Magalhães da Nóbrega, o ex-capitão do Bope que liderava o grupo miliciano Escritório do Crime, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e que estava foragido até ser morto em uma operação policial em fevereiro deste ano. Danielle Nóbrega e Raimunda Veras Magalhães, ex-mulher e mãe de Adriano, também foram empregadas no gabinete e Flávio repassaram juntas para Queiroz 200.000 reais, sempre de acordo com o MP. As pizzarias de Raimunda teriam repassado ainda outros 200.000 reais.

O MP ainda identificou nove ex-assessores de Flávio que são parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-esposa e mãe do filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro. Seis teriam sacado mais 90% de seus salários, e outros três mais de 70%, somando quatro milhões de reais.

89.000 para Michelle

No radar das autoridades estão ainda os 27 depósitos em cheque feitos por Queiroz a Michelle Bolsonaro, esposa de Jair Bolsonaro, que somam 89.000 reais. No total, o valor repassado por Queiroz a parentes do mandatário pode chegar a quase 450.000 reais. Além disso, escrituras públicas indicam que o vereador Carlos Bolsonaro, o filho zero dois do presidente, pagou 150.000 reais em dinheiro vivo por um apartamento quando tinha 20 anos de idade, segundo informou o Estado de S. Paulo. Já o jornal O Globo identificou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o filho zero três, usou 150.000 reais em dinheiro vivo para pagar parte de dois apartamentos na zona sul do Rio comprados em 2011 e 2016. Apesar não ser ilegal, a compra de bens de alto valor com dinheiro vivo gera suspeitas de lavagem de dinheiro.

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