Vídeos perturbadores que circulam nas redes sociais têm provocado indignação devido à brutalidade com que policiais militares agrediram um cadeirante durante uma abordagem na manhã de terça-feira (2/3) em Piracicaba, interior de São Paulo.
A vítima, identificada como Antônio Marcos, de 46 anos, estava em sua residência no bairro Cantagalo quando seu filho foi seguido por agentes da Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam). Na tentativa de proteger o rapaz, que tem 21 anos, o pai acabou sendo agredido pelos policiais.
Segundo relatos da filha de Antônio Marcos, Priscila Padilha, a abordagem policial teve início quando seu irmão estava na garupa da moto de um amigo na vizinhança. Os dois foram parados pela Rocam sob suspeita de violação no lacre do veículo. Após os agentes levarem o motorista para um local afastado, surgiram suspeitas no filho de Antônio Marcos, que os seguiu, desagradando os policiais, e iniciaram as agressões.
O rapaz dirigiu-se até a porta de casa, onde foi filmado levando uma cacetada e sendo atingido por disparos de taser por um agente. Em seguida, as imagens mostram os policiais agredindo o cadeirante quando este tentava proteger seu filho.
Priscila Padilha expressou choque com a violência sofrida pela família, destacando que seu pai, Antônio Marcos, enfrenta uma depressão desde que perdeu uma perna para a diabetes há três anos, e se sente frustrado por não ter conseguido defender o filho.
O caso gerou repercussão nas redes sociais, resultando na abertura de um Inquérito Policial Militar contra os agentes. A deputada Paula Nunes (PSol) encaminhou uma representação ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) exigindo uma manifestação administrativa da PM.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) declarou que “a conduta dos policiais não condiz com os protocolos operacionais da PM” e que os agentes foram afastados de suas atividades operacionais enquanto o caso é investigado.
