Home notícias Ônibus é incendiado durante protesto contra morte de jovens na Av Paralela

Ônibus é incendiado durante protesto contra morte de jovens na Av Paralela

Um ônibus do transporte público de Salvador foi incendiado no início da tarde desta quarta-feira (3), na Avenida Luís Viana Filho, conhecida como Paralela, durante uma manifestação contra a mortes de dois jovens. A informação é da Polícia Militar.

De acordo a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), por volta das 14h, o veículo já tinha sido retirado da via – depois ficar atravessado no local por quase 2h. O fluxo dos veículos foi liberado.

O caso ocorreu na altura do Bairro da Paz. Segundo a Polícia Militar, por volta de 12h15, manifestantes iniciaram um protesto na Avenida Paralela, em seguida, atearam fogo no veículo. Não há detalhes se havia passageiros no ônibus na hora que o incêndio começou. Por volta das 13h20, o fogo já tinha sido debelado.

Agentes da Polícia Militar, Secretaria Municipal De Mobilidade (Semob) e Corpo de Bombeiros acompanharam o ato.

Conforme a Polícia Civil, equipes do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (GERRC) estiveram no local, e a 12ª Delegacia Territorial (DT), de Itapuã, iniciará as investigações sobre a autoria do incêndio ao ônibus.

Mortes
Segundo as Rondas Especiais (Rondesp) Atlântico, por volta das 16h30, os policias faziam rodas no Km-17, na localidade conhecida como Rua do Z, quando foram recebidas a tiros. Houve revide.

Após o tiroteio, os policiais identificaram que dois homens haviam sido baleados e então socorreram a dupla para o Hospital Menandro de Faria, onde foram constatados os óbitos. Não há informações sobre os enterros.

Ainda de acordo com a Rondas Especiais (Rondesp) Atlântico, foram achados com os homens: uma pistola calibre 9mm (com n° de série suprimido, contendo carregador com 8 munições), um revólver calibre .38 (contendo 1 munição intacta e 5 deflagradas), 60 tubos contendo substância que aparentava cocaína, um Smartphone e R$81.

A versão dos moradores é diferente da PM. Eles contam que os jovens tiveram a casa invadida e foram levados da comunidade, dentro da viatura, sem nenhuma alegação para o motivo da prisão.

“Não houve confronto nenhum. Eles agiram de forma covarde. Pegaram os meninos e levaram. Eles levaram para o hospital já morto. A população está chateada. Eles chegaram invadido as casas e levaram os dois. Eles levaram os dois na mala. Os policiais não falaram nada, não alegaram nada. Só chegaram e lavaram”, contou um morador que não quis se identificar.

Em entrevista ao Bahia Meio Dia desta quarta, o Comandante de Policiamento Especializado (CPE), coronel Humberto Sturaro, as mortes ocorreram durante um auto de resistência.

“Infelizmente essas pessoas vieram a óbito em confronto com a Polícia Militar. Um trabalho que vem sido feito em combate ao tráfico de drogas naquela área […] Foi o que nós chamamos de auto de resistência. Nossas armas são para garantir a ordem e não para extrapolá-la. Mas, quando existe um confronto e a polícia não é respeitada e é atingida, a lei garante o direito de se defender. Nós temos que repreender essa ação, com uso moderado da força”, disse.

“Houve um confronto. Na hora da prisão, a prisão não foi acatada, foi um flagrante. As pessoas que estão a margem da lei abriram fogo contra a guarnição da Rondesp. Esse ato foi rechaçado com a mesma intensidade […] Essas pessoas foram atingidas, socorridas, mas vieram a óbito, completou Sturaro.

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