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Nasa envia foguete em nova missão para Marte; veja o lançamento (vídeo)

Um foguete Atlas V da United Launch Alliance decolou, de acordo com previsto, às 7H50 (8H50 de Brasília) de Cabo Canaveral, Flórida, para uma viagem de quase sete meses.

“É a primeira vez na história que a Nasa dedica uma missão à astrobiologia”, disse o CEO da Nasa, Jim Bridenstine. O rover, batizado de Perseverance, terá ainda a função inédita de trazer de volta para a Terra partes do solo e de rochas marcianas. Ele também é equipado pelo instrumento Sherloc (Scanning Habitable Environments with Raman & Luminescence for Organics & Chemicals) que tem como objetivo fazer testes em amostras de novos materiais que poderão ser utilizados, no futuro, pelos humanos que forem ao planeta vermelho.

Entre os itens enviados ao espaço, por exemplo, está um material que não quebra em caso de algum dano, e amostras de Vectran e Teflon, que são usados atualmente nas roupas dos astronautas que vão para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Em 11 de maio de 1990, o presidente americano, George W. Bush, anunciava a próxima fronteira da exploração espacial: levar um ser humano a Marte antes de 20 de julho de 2019, nos 50 anos do primeiro passo na Lua.


Além disso, o equipamento levará um pequeno helicóptero, de apenas dois quilos, que tem capacidade de voo de até 10 metros de altura e uma lista com o nome de quase 11 milhões de entusiastas da viagem, que faz parte do programa “Marte 2020”.

A este compromisso se seguiram promessas similares de três de seus sucessores (Bush filho, Barack Obama e Donald Trump), que não se traduziram em nenhum programa concreto, o que ilustra o paradoxo da conquista humana do planeta vermelho: promete-se porque é possível, mas o projeto sempre fica em segundo plano, atrás dos robôs, menos caros e com menos riscos.

“Tive que assistir a 10.000 apresentações sobre como enviar humanos a Marte”, disse à AFP o ex-funcionário da Nasa G. Scott Hubbard, em Stanford.

O Perseverance deve chegar a Marte em fevereiro de 2021 e, se tudo sair conforme o planejado, em 2026 será lançada uma nova missão – em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) – para recuperar as amostras coletadas e colocá-las em um foguete norte-americano projetado para lançar as amostras no Espaço. Lá, uma sonda da ESA terá a missão de interceptar o foguete e trazer os itens para a Terra em 2031.

A missão da Nasa é a terceira a ser enviada para Marte neste mês de julho. Antes dos norte-americanos, os Emirados Árabes Unidos enviaram a Al-Amal (Esperança) no dia 20 – com foco de estudar a atmosfera local para criar um tipo de “mapa do clima” ao longo de um ano marciano, que equivale a 20 meses na Terra -, e os chineses enviaram a sonda Tianwen-1 (“Busca pela verdade celeste”, em tradução livre) com a meta de fazer uma análise profunda da atmosfera, da estrutura e da superfície marciana, com uma atenção particular a possíveis traços de água.

Os voos foram realizados neste mês porque esse é o período em que os dois planetas estão orbitando de maneira mais próxima, fato que ocorre a cada dois anos e dois meses. Além disso, todas têm objetivos de estudar como seria uma colonização do planeta vermelho até 2100.


“Mas ninguém desde Kennedy pôde dispor das quantias necessárias”. Os especialistas concordam em que os principais desafios tecnológicos e sanitários para esta missão, que duraria dois ou três anos, foram quase todos resolvidos.

Para o lançamento exige-se um foguete muito potente, que a Nasa está apta a construir desde a década de 1960.

Câmeras da Nasa mostram ao vivo do espaço live da terra :

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