Home Cultura João Jorge, presidente do Olodum, comandará a Fundação Palmares

João Jorge, presidente do Olodum, comandará a Fundação Palmares

Salvador Notícia: Foto/Divulgação

João Jorge Rodrigues, presidente do bloco cultural Olodum, foi o escolhido para o comando da Fundação Palmares no governo Lula. A confirmação foi anunciada pela futura Ministra da Cultura, Margareth Menezes, nesta quinta-feira (22), no Centro Cultural Banco do Brasil.

Militante negro, advogado e integrante do grupo de fundadores do bloco baiano, João Jorge teve o nome defendido pela própria Margareth. A futura ministra também deseja a presença do ex-presidente da Fundação, Zulu Araújo, no time da Cultura.

À reportagem, o próximo presidente da Palmares afirmou que recebeu o convite como um reconhecimento de sua trajetória nos movimentos populares. Para João Jorge, o principal desafio da nova gestão será recuperar o papel da Fundação, criada para preservação da cultura negra.

“A Fundação foi praticamente destruída nos últimos quatro anos. Vamos recuperar a função da Palmares de servir ao povo brasileiro e aos mais pobres”, disse o militante.

Durante os trabalhos de transição o nome de Douglas Belchior também circulou entre os cotados para o cargo. mas a escolha da futura ministra foi referendada pelos petistas nesta semana.

Reconstrução
Durante a gestão de Bolsonaro a Fundação Palmares teve o nome envolvido em polêmicas, principalmente pela direção de Sérgio Camargo, afastado do cargo em março deste ano para a disputa eleitoral. Camargo permaneceu no cargo em meio à denúncias de assédio moral, perseguição e medidas polêmicas, como a exclusão de figuras históricas da lista de personalidades homenageadas pela Fundação.

Entre os excluídos estavam os cantores Gilberto Gil e Elza Soares, a deputada federal Benedita da Silva e a filósofa e escritora Sueli Carneiro. O ex-presidente chegou a defender a mudança do nome da instituição, que homenageia Zumbi dos Palmares, para Princesa Isabel.

“Todos os heróis brasileiros vão voltar para a Palmares. Além disso, o espaço também será de liberdade religiosa. Como disse Nelson Mandela, o impossível deve ser realizado” afirmou à reportagem.

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