A Polícia Civil de Roraima está em busca da prisão do ex-senador Telmário Mota, suspeito de orquestrar o assassinato de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos. No ano passado, a filha do ex-casal o acusou de estupro. A operação também visa prender outros dois indivíduos relacionados ao homicídio.
De acordo com as autoridades, Telmário já tem um mandado de prisão em aberto. Hoje, a polícia está cumprindo três mandados de prisão e sete de busca e apreensão, com o apoio da Polícia Militar, da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
O crime em questão envolveu o assassinato de Antônia, que foi alvejada por um tiro na cabeça em setembro. Dois indivíduos em uma motocicleta executaram o crime, supostamente a mando de Telmário após uma reunião na fazenda Caçada Real. O sobrinho de Telmário, Harrison Nei Correa Mota, também conhecido como “Ney Mentira,” foi apontado como o organizador do assassinato.
Ney Mentira teria adquirido a moto usada no crime, cuja compra, segundo investigações, foi realizada em dinheiro e em nome de outra pessoa, com documentação irregular. O sobrinho do ex-senador já enfrentava acusações de diversos crimes. Além de Mota e Ney, Leandro Luz da Conceição é considerado suspeito de efetuar o tiro fatal contra Antônia e também foi alvo da operação.
Leandro já estava sob investigação por latrocínio após a morte de outra pessoa. Em dezembro de 2019, ele foi implicado na morte da empresária Joicilene Camilo dos Reis.
Telmário Mota, um ex-senador que ocupou um assento no Congresso Nacional entre 2015 e 2022, enfrentou acusações de estupro por sua filha de 17 anos em 2022, o que levou ao seu registro de boletim de ocorrência. Antes de sua carreira no Senado, ele foi vereador em Boa Vista, Roraima, entre 2008 e 2012. Em 2017, foi expulso do PDT e, em 2018, concorreu sem sucesso ao governo de Roraima pelo PTB. No ano seguinte, ele se filiou ao PROS.
