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Estelionatários se passam por diretores do BNDES e ganham R$ 9 mi com golpes

Foto: Reprodução

Dois indivíduos estão sob investigação por se fazerem passar por diretores de renomados bancos, com destaque para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o intuito de ludibriar fazendeiros e empresários. A proposta fraudulenta consistia na liberação de empréstimos multimilionários em troca de uma comissão. Para convencer suas vítimas, os estelionatários organizavam encontros em locais sofisticados, sempre vestidos de forma requintada.

As investigações tiveram início em dezembro de 2023, após uma fraude envolvendo uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO), que sofreu um prejuízo de R$ 1 milhão ao solicitar um empréstimo 15 vezes maior que esse valor. Como garantia, os criminosos entregaram uma bolsa repleta de dólares falsos e fugiram com o dinheiro legítimo.

Na posse de Gilberto Rodrigues, a polícia encontrou e confiscou mais de R$ 39 mil em espécie. Além dos dois detidos, Luciano Oliveira Gomes, de 49 anos, participava das fraudes e encontra-se foragido.

Até o momento, foram identificadas sete vítimas, com prejuízo superior a R$ 4,7 milhões, contudo, as investigações sugerem que os fraudadores tenham lesado diversas outras pessoas em todo o país.

Em maio de 2023, o então presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, formalizou uma denúncia ao ministro da Justiça e Segurança Pública da época, Flávio Dino, sobre as fraudes.

Todos os envolvidos possuem registros criminais anteriores, abrangendo diversas naturezas delitivas. Agora, enfrentam acusações de estelionato e associação criminosa.

O trio também está sendo procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que realizou mandados de busca e apreensão em Goiânia em junho de 2023, sem sucesso na captura.

Na capital do país, a PCDF investiga fraudes que totalizam R$ 3,2 milhões, com indícios de que a associação criminosa tenha praticado o golpe descrito por pelo menos duas décadas, a partir de 2004.

Girlandio Pereira, outro envolvido, possuía um mandado de prisão em aberto emitido pela Justiça do Espírito Santo, de onde fugiu em maio de 2016, após ser beneficiado com a progressão de pena para o regime aberto, sendo condenado por roubo qualificado.

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