A Polícia Civil de Goiás está investigando um perturbador caso de vazamento de fotos íntimas envolvendo a professora de História, Bruna Flor de Macedo, na cidade de Alto Paraíso, interior do estado. O incidente ocorreu na Escola Estadual Doutor Gerson de Faria Pereira, onde Bruna ministrava aulas e foi desligada poucos meses após o ocorrido.
O incidente ocorreu quando Bruna emprestou seu celular pessoal a alunos para registrar uma atividade escolar. Durante esse período, pastas privadas foram vasculhadas pelos adolescentes, resultando no vazamento das fotos.
O incidente teria ocorrido durante atividades relacionadas ao dia da Consciência Negra no final do ano passado, mas só veio à tona recentemente. Bruna registrou um boletim de ocorrência após ser informada pela diretoria da escola sobre a divulgação das imagens.
José Lopes, responsável pela defesa de Bruna, destacou o constrangimento enfrentado pela professora na escola. Ele afirmou que a diretoria não a apoiou, mas a tratou como autora de um crime, culminando em sua demissão meses depois sem esclarecimentos adequados.
A Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO) afirmou que a demissão de Bruna não estava relacionada ao vazamento das imagens, mas sim à convocação de novos professores aprovados em concurso público. A secretaria ressaltou que segue as leis de proteção à criança e ao adolescente, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e prioriza a harmonia entre servidores e estudantes.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás como um possível ato infracional análogo ao crime de divulgação de cena de nudez sem consentimento da vítima, envolvendo os adolescentes identificados.
Bruna, a diretora da escola e outros professores foram ouvidos pela polícia, que trata o caso como uma prioridade em suas investigações.
