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Estados Unidos executam prisioneiro por asfixia com nitrogênio pela primeira vez

Foto: Reprodução

Em uma decisão marcante, o estado do Alabama, nos Estados Unidos, executou Kenneth Eugene Smith, de 58 anos, por asfixia com nitrogênio, um método inédito no país, na quinta-feira (25). Smith, condenado por um brutal homicídio em 1988, foi declarado morto às 23h25, após mais de 30 anos de manipulações do sistema judicial.

A governadora do Alabama, Kay Ivey, afirmou em comunicado: “Em 18 de março de 1988, a vida de Elizabeth Sennett, de 45 anos, foi brutalmente tirada por Kenneth Eugene Smith. Depois de mais de 30 anos e tentativas de manipular o sistema, o Sr. Smith respondeu por seus crimes horrendos.”

O método de execução envolveu a colocação de uma máscara no rosto de Smith, levando-o a inalar gás nitrogênio puro, resultando em morte por falta de oxigênio. Cinco jornalistas testemunharam o evento, relatando que o prisioneiro pareceu consciente por vários minutos, experimentando tremores e contorções por cerca de dois minutos antes de começar a desacelerar.

O comissário penitenciário do Alabama, John Hamm, afirmou que tudo ocorreu conforme o esperado, apesar das tentativas de última hora da defesa para impedir a execução. Antes da morte, autoridades alegaram que Smith ficaria inconsciente em segundos, mas Hamm observou que o prisioneiro enfrentou uma “respiração agoniante”.

Smith, condenado em 1996, é uma das poucas pessoas a sobreviver a uma tentativa anterior de execução em 2022, quando a injeção letal falhou devido à dificuldade em encontrar uma veia adequada.

O método de asfixia com nitrogênio representa a primeira mudança significativa na execução nos EUA desde a introdução da injeção letal em 1982. O pastor de Smith, Jeff Hood, alertou contra a normalização da morte por sufocação.

Apesar das tentativas da defesa, a Suprema Corte dos EUA negou os pedidos de última hora na quarta-feira, permitindo que a execução prosseguisse. O advogado de Smith argumentou contra duas tentativas de execução, mas ambos os pedidos foram rejeitados pelos tribunais.

Kenneth Eugene Smith, condenado pelo assassinato de Elizabeth Sennett encomendado pelo marido dela, um pastor que se suicidou, deixa um legado marcado por uma execução histórica e controversa no sistema judicial americano.

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