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Acusado de matar ex-mulher atropelada é condenado a 16 anos de prisão

Genivaldo Santos foi condenado a 16 anos de prisão após matar a ex-mulher em Simões Filho — Foto: Reprodução/TV Bahia

Genivaldo Almeida Santos, de 42 anos, foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo homicídio de sua ex-mulher, Mariene Menezes de Oliveira, de 36 anos. O julgamento ocorreu na terça-feira (21), no fórum do município da Região Metropolitana de Salvador.

O crime aconteceu na noite de 25 de janeiro de 2020, na Via Universitária II, em Simões Filho. Mariene saía do trabalho acompanhada de uma amiga e da chefe quando foi atropelada pelo carro dirigido por Genivaldo, que a arrastou por cerca de 10 metros. O réu admitiu ter agredido a ex-mulher anteriormente, mas negou a intenção de atropelá-la, alegando que confundiu os pedais do carro ao tentar frear.

Os advogados de Genivaldo não pediram a absolvição e buscaram uma condenação proporcional à conduta do réu. A acusação, por sua vez, insistiu na condenação por feminicídio, destacando a motivação fútil e a falta de chance de defesa da vítima. Mariene havia encerrado um relacionamento de 14 anos com Genivaldo, que não aceitava a separação.

Familiares de Mariene protestaram em frente ao fórum, expressando sua indignação com o crime e a ingratidão de Genivaldo, que foi cuidado pela ex-mulher durante cinco anos após um acidente de moto que o deixou com dificuldades de locomoção e um afundamento no crânio. “É uma ingratidão mesmo da parte dele, porque ele não pensou nela, que fez tudo por ele”, afirmou Jaçanã de Oliveira, sobrinha de Mariene.

O crime foi registrado por uma câmera de segurança, que mostrou o momento em que Mariene foi atropelada. Nas imagens, Mariene caminhava com duas mulheres quando o carro dirigido por Genivaldo a atingiu e a arrastou. Testemunhas relataram que Genivaldo voltou com o carro e passou novamente sobre a vítima, causando lesões fatais.

Mariene havia registrado queixa contra Genivaldo dois dias antes do crime, devido a ameaças e perseguições constantes. “Ela falou que depois que terminou, ele vivia rondando o condomínio dela. Ela mora em um condomínio e já viu ele rondando o lugar até de madrugada”, contou uma colega de trabalho da vítima.

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