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Treinador do JC Futebol Clube é preso por injúria racial contra jogadora do Bahia

Foto: João Normando/Esporte Manaus

O treinador do JC Futebol Clube, equipe feminina do Amazonas, foi preso na noite de segunda-feira (8) por suspeita de injúria racial após o jogo contra o Bahia. Segundo a Polícia Civil, a ofensa foi dirigida à zagueira do time baiano, Suellen Santos, que foi chamada de “macaca”.

O incidente ocorreu após a partida, que terminou empatada, garantindo a promoção do Bahia para a primeira divisão. Durante a comemoração das jogadoras, uma confusão começou entre as atletas dos dois times. Um vídeo mostra o momento do tumulto, no qual jogadoras do Bahia discutiram com o treinador do JC. Foi nesse momento que Suellen teria sido chamada de “macaca” pelo suspeito.

A Polícia Militar e funcionários dos dois clubes intervieram para apartar a briga. Posteriormente, o treinador, a vítima e testemunhas foram levados à Central de Flagrantes, onde o caso foi registrado.

O JC Futebol Clube divulgou uma nota afirmando que seu departamento jurídico está investigando os acontecimentos para tomar as medidas cabíveis e evitar informações infundadas ou caluniosas que possam prejudicar os envolvidos. O clube reiterou seu repúdio a qualquer tipo de preconceito.

Por sua vez, o Bahia manifestou solidariedade a Suellen e cobrou uma resposta proporcional à gravidade do incidente. A nota do clube baiano destacou que o diretor de operações e relações institucionais, Vitor Ferraz, está acompanhando a atleta, junto com um advogado criminalista e outras testemunhas.

Confira a nota completa do Esporte Clube Bahia SAF:

“O que deveria ser uma noite apenas de comemoração pelo acesso das mulheres de aço à elite do futebol brasileiro acabou manchada por episódio lamentável no estádio de Pituaçu. Ao final da partida, a zagueira tricolor Suellen foi alvo de ofensa racial praticada pelo treinador da equipe adversária no gramado. Acionada, a polícia militar conduziu o acusado à central de flagrantes da 1ª delegacia para realização de boletim de ocorrência. O diretor de operações e relações institucionais, Vitor Ferraz, acompanha a atleta juntamente com advogado criminalista que assessora o clube, além de outras jogadoras e funcionários que se apresentaram como testemunha. O Esporte Clube Bahia SAF manifesta toda solidariedade a Suellen ao tempo em que cobra resposta à altura da gravidade do assunto, reiterando compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação.”

E a nota do JC Esporte Clube na íntegra:

“O JC Futebol Clube AM repudia qualquer ato de racismo ou injúria racial contra qualquer pessoa. Sobre o ocorrido nesta segunda-feira, onde o clube enfrentou o Bahia pelo campeonato brasileiro feminino, houve um incidente envolvendo o treinador e uma atleta do clube Bahia que está sendo investigado. O clube, juntamente com seu jurídico, está averiguando todas as informações necessárias dos acontecimentos ali presenciados para realizar os procedimentos cabíveis, evitando informações infundadas ou caluniosas que prejudiquem quaisquer envolvidos. No mais, reiteramos que este clube lamenta e é contra qualquer tipo de preconceito.”

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