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SESAB confirma três novos casos de doença que deixa paciente com urina da cor de café

FOTO: REPRODUÇÃO

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou nesta quinta-feira (12), três novos casos da doença de Haff, todos residentes no município de Camaçari, com relato de consumo de pescado.

O Centro Informação Estrategica em Vigilância em Saude da Bahia (CIEVS) alerta que a doença de Haff é uma sindrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação, e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, além da urina cor de café, associada a elevação sérica de da enzima CPK, associada a ingestão de pescados. A doença pode evoluir rapidamente com insuficiência renal e, se não adequadamente tratada, levar ao óbito.

Em agosto de 2020, o municipio de Entre Rios registrou a ocorrencia de três casos suspeitos de doença de Haff com relato de ingestão de pescado. Houve consumo do peixe conhecido como “olho de boi”, onde cinco pessoas da mesma familia fizeram a ingestão do peixe e aproximadamente sete horas depois, o primeiro caso, indivíduo de 53 anos,
apresentou sintomas de fortes dores no corpo, tontura, náuseas e fraqueza. Outros familiares apresentaram os mesmos sintomas.

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Em Salvador, nos meses de setembro e outubro, duas unidades hospitalares notificaram a ocorrência de casos da doença de Haff, totalizando seis pacientes que apresentaram início súbito de dor muscular de origem não determinada.

Relato

A doença de Haff é uma síndrome que consiste de rabdomiólise não explicada. Pacientes que apresentam a doença de Haff relatam ter ingerido pescado nas últimas 24 horas antes do início da doença. A maioria dos pacientes sobrevive apresentando breve recuperação. O presente artigo é o primeiro relato de doença de Haff complicada por falência de múltiplos órgãos após ingestão de lagostim. Um homem chinês de 66 anos de idade ingeriu lagostim cozido na noite de 23 de junho de 2013. Chegou ao hospital 2 dias mais tarde, sendo admitido à unidade de terapia intensiva. Após a admissão, o paciente recebeu o diagnóstico de doença de Haff complicada por falência de múltiplos órgãos. Apesar dos tratamentos de suporte e sintomático, a condição do paciente deteriorou, vindo o mesmo a falecer em consequência da doença. A doença de Haff é uma rara síndrome clínica que é, às vezes, mal diagnosticada. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir a progressão para falência de múltiplos órgãos.

Orientações gerais à população:

• Aos primeiros sintomas, busque uma unidade de saúde imediatamente e identifique outros individuos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possiveis novos casos da doença.

Aos profissionais de saúde:

• Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiolise, pois neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 a 72 horas.
• Evitar o uso de antiinflamatórios.
• Na ocorrência de casos suspeitos, recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK), TGO e monitorização da função renal;

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