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Rodoviários retomam atividades após intervalo de 4 horas de paralisação em duas garagens de Salvador

Atraso na saída de ônibus em Salvador — Foto: TV Bahia

Os rodoviários de Salvador que operam no transporte público atrasaram as saídas dos coletivos de duas garagens nesta terça-feira (30). Os ônibus, que começariam a circular às 4h, só deram início ao itinerário às 8h.

Assim, a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) colocou 185 veículos do Sistema de Transporte Complementar, conhecidos como os “amarelinhos”, para dar suporte à operação durante essas quatro horas.

Os rodoviários, que se manifestam por melhores condições de trabalhos e têm 44 itens de reinvindicação, se reuniram por volta das 3h, em assembleia, na Plataforma G2, no bairro de Pirajá, para discutir os próximos passos da campanha de mobilização.

Os ônibus que saem também da G1 Ottrans, que fica em Campinas de Pirajá, também tiveram a operação atrasada.

As principais reinvindicações são:

  • reajuste salarial de 4% acima da inflação;
  • aumento de 10% no tíquete-alimentação, atualmente em R$ 25,84;
  • integração ao metrô porque o vale-transporte deles não é aceito no sistema metroviário;
  • cesta básica de R$ 500.

Veja abaixo os bairros e estação impactados com a paralisação:

LINHAS QUE A G1 OTTRANS ATENDE:

  • Cajazeiras;
  • Estação Mussurunga;
  • Boca da Mata;
  • Pau da Lima;
  • Sete de Abril;
  • Castelo Branco;
  • Nova Brasília;
  • Jardim Nova Esperança;
  • Jardim das Margaridas.

LINHAS QUE A G2 PLATAFORMA ATENDE:

  • Conjunto Pirajá;
  • Estação Mussurunga;
  • Marechal Rondon;
  • Fazenda Grande do Retiro.

O Sindicato dos Rodoviários afirma que o sindicato patronal não ofereceu proposta de reajuste. Por causa disso, cerca de 10 mil funcionários vinculados à categoria deram início aos protestos.

“Esse é um reflexo dos problemas que estamos enfrentando com as negociações. Mais de um mês negociando, então estamos fazendo uma assembleia, conversando com os trabalhadores, passando os problemas da campanha e tentando tomar novas deliberações e manifestações”, disse o presidente da categoria, Hélio Ferreira.

O secretário de Mobilidade Urbana de Salvador, Fabrízzio Müller, revelou que a Justiça concedeu uma liminar para que os rodoviários não voltem a fechar estações de transbordos da cidade.

“Esse tipo de manifestação não pode mais ser aceita. Os rodoviários estão buscando os direitos, melhorias, mas isso não pode prejudicar as pessoas que precisam sair de suas casas e trabalhos para tocar suas vidas. A prefeitura está buscando todas as formas, inclusive judiciais, para que a gente possa impedir manifestações como essas”.

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, afirmou que a prefeitura pode acionar a Justiça para evitar novas manifestações da categoria.

De acordo com o presidente do sindicato, Fábio Primo, a categoria também se manifesta contra o assédio moral a que alguns rodoviários estariam submetidos. O rodoviário não detalhou os abusos ao g1, mas disse que trabalha em reunir provas e depoimentos para levar o caso ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

A situação motivou um protesto semana passada, quando rodoviários também retardaram a saída dos coletivos na garagem de Campinas do Pirajá. A medida impactou o transporte nas regiões de Tancredo Neves, Arenoso, Sussuarana, Aeroporto, Cabula, Fazenda Grande do Retiro, Conjunto ACM, Estação Mussurunga e Acesso Norte.

Para o diretor da Integra, essas queixas são “jogo político”. “Não sabemos quem é o assediado e o assediador”, diz Castro.

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