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Qual a importância do terceiro setor para as instituições privadas?

Pesquisa aponta confiança nas empresas que adotam práticas sustentáveis

Foto: Divulgação

Preocupadas em proporcionar melhorias no cenário social e no meio ambiente, as Organizações Não Governamentais (ONGs), grupo sem fins lucrativos que funcionam independentemente de um governo, costumam atuar como auxiliadoras para o setor público, contribuindo para a solução de problemas. Além disso, geram ainda benefícios para empresas privadas, com a realização de projetos sociais e ambientais.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Edelman Trust Barometer 2020, os brasileiros demonstram uma alta confiança nas instituições que adotam práticas sustentáveis. O levantamento revelou que 76% dos entrevistados brasileiros acreditam ser importante que as empresas tomem medidas para reduzir o impacto ambiental, como também 80% concordam que as empresas devem estabelecer atitudes para melhorar a sociedade e a comunidade em que atuam.

Segundo Cristiane Almeida, especialista em Gestão Empresarial e Planejamento Tributário, e contadora consultiva de ONGs, por meio da Brasis Contabilidade, tem se tornado muito comum realizar parcerias com as organizações do terceiro setor devido à preocupação com a responsabilidade social e aos benefícios que essas parcerias podem trazer às instituições privadas.

“As entidades que estabelecem essa aproximação social com as ONGs ganham visibilidade positiva por ajudar a diminuir a vulnerabilidade social, enriquecem o conhecimento na troca de experiências, conhecem a realidade da comunidade, e aumentam a autoridade no local em que atua”, destaca Cristiane Almeida.

Diante disso, algumas práticas podem ser adotadas por aquelas empresas que buscam, de forma positiva, contribuir na sociedade, e no âmbito interno das suas organizações. Cristiane afirma que oferecer cursos profissionalizantes e incentivar a promoção de esporte e cultura são algumas das práticas.

“Outra forma das instituições contribuírem sem ter desembolso é destinar parte do imposto para as ONGs. Vale ressaltar que, para essa modalidade, só podem destinar as empresas tributadas pelo lucro real, que simplificadamente, é uma forma de tributação que apura o imposto com base nos resultados”, explica a especialista.

Outro ponto que as empresas podem ganhar ao aumentar sua convivência com terceiro setor é a melhoria da sua relação com os funcionários, que são um ativo muito importante em qualquer negócio. “Nota-se que, os negócios que pensam apenas no lucro sem se importar com o meio em que estão inseridos, estão propensos a serem extintos do mercado. A tendência é que as instituições tenham um olhar além do lucro, almejando um ambiente de trabalho melhor. Sendo assim, a possibilidade de ter progresso nos resultados dos projetos e maior satisfação do público-alvo tende a evoluir gradativamente”, conclui Cristiane Almeida.

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