Cinco policiais militares foram suspensos de suas atividades públicas em Feira de Santana, a 100 km de Salvador, por suspeita de integrarem um grupo miliciano. A operação Hybris, deflagrada nesta terça-feira (9) pela Polícia Federal (PF), Receita Federal, Ministério Público da Bahia (MP-BA), Força Correcional Integrada e Corregedoria da Polícia Militar, revelou um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilícitas como jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada.
Essa ação é um desdobramento da operação Él Patron, que teve início no ano anterior e investigou o deputado Binho Galinha. Embora não estejam relacionados diretamente aos três policiais presos na ocasião da Él Patron, essas suspensões destacam a continuidade das investigações sobre a milícia em questão.
Durante a operação Hybris, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, 17 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de aproximadamente R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados. Além disso, uma empresa suspeita de envolvimento nas atividades ilícitas teve suas operações econômicas suspensas, embora seu nome não tenha sido divulgado pelas autoridades.
A investigação não apenas aponta para a participação de policiais militares no grupo, mas também revela a atuação de empresas licenciadas que serviam para a lavagem de dinheiro. Segundo as autoridades, cada integrante da milícia tinha um papel específico, desde os PMs que agiam como o “braço armado” até o deputado estadual, apontado como o líder da organização criminosa.
