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Polícia prende bombeiro que cedeu carro para ocultar provas do caso Marielle

O bombeiro Maxwell Simões Correa foi preso na manhã desta quarta-feira (10) sob suspeita de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018. Ele foi alvo de um mandado de prisão na Operação Submersus 2, realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

De acordo com o MP, o bombeiro é suspeito de tentar “atrapalhar de maneira deliberada a investigação”. Ele é suspeito de ter ajudado a esconder a arma usada no crime.

Maxwell chegou à delegacia de homicídios por volta das 7h40 após a prisão ter sido efetuada em um condomínio do Recreio dos Bandeirantes.

Além do mandado contra o bombeiro, estão sendo cumpridos outros pedidos de busca e apreensão em dez endereços na capital fluminense.

Chamada de Operação Submersus 2, a ação tem como foco a ocultação de armas usadas por Ronnie Lessa, acusado de ter assassinado Marielle e seu motorista Anderson Gomes.

Em rápida entrevista na entrada da delegacia, a promotora Letícia Emili Alqueres Petriz, do Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado), informou que “o bombeiro está sendo investigado por ceder o carro para que várias armas que estariam na casa de Lessa fossem escondidas e, posteriormente, jogadas ao mar”.


As armas seriam de uso restrito e pertenceriam a Ronnie Lessa. De acordo com a investigação, os objetos foram jogados no mar no dia seguinte à prisão do acusado, em março de 2019.

“O carro estava na posse do Maxwell. A participação dele foi ter cedido o carro para o transporte das armas”, informou a promotora.

Segundo o comunicado do Ministério Público, Maxwell agiu em comunhão de ações com os já denunciados Elaine Pereira Figueiredo Lessa, mulher de Ronnie, Bruno Pereira Figueiredo, cunhado de Ronnie, José Marcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas.

Os objetos estavam armazenados em um apartamento utilizado pelo ex-policial e foram posteriormente descartados em alto mar, segundo o MP.

Para o órgão, ocorreu uma obstrução de Justiça que impediu “a apreensão do vasto arsenal bélico ali ocultado e inviabilizando o avanço das investigações”.

“A arma de fogo utilizada nos crimes ainda não foi localizada em razão das condutas criminosas perpetradas pelos cinco denunciados, cabendo ressaltar que Maxwell ostentava vínculo de amizade com os acusados dos crimes e com os denunciados Josinaldo Lucas Freitas e José Márcio Mantovano”, diz o MP, em nota.

Participam da Operação Submersus 2 o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Gaeco, a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) da Corregedoria do Corpo de Bombeiros a a Delegacia de Homicídios da Capital. A decisão foi proferida por juiz da 19ª Vara Criminal da Comarca da cidade do Rio de Janeiro.

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