Após a reeleição de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, a situação política no país tornou-se tensa. Manifestantes tomaram as ruas da capital, Caracas, em meio a apelos da oposição e da comunidade internacional para que as contagens completas dos votos sejam divulgadas.
Alerta Consular do Itamaraty
Em resposta a esses eventos, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) emitiu um alerta consular. No comunicado, o Itamaraty pede que brasileiros residentes, em trânsito ou com viagem marcada para a Venezuela mantenham-se informados sobre a situação de segurança nas áreas onde se encontram e que evitem aglomerações.
“A Embaixada do Brasil, em Caracas, permanece atenta à situação das cidadãs e dos cidadãos brasileiros no país e disponibiliza, em caso de emergência envolvendo seus nacionais, o seu plantão consular, +58 414-3723337 (com WhatsApp)”, informou o Itamaraty.
Contatos de Emergência
Além disso, o alerta menciona que o plantão consular geral do Ministério das Relações Exteriores pode ser contatado pelo telefone +55 (61) 98260-0610 para situações de emergência.
Contexto das Eleições
No último domingo (28), o presidente Maduro foi anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela como vencedor das eleições presidenciais, apto a exercer seu terceiro mandato de 2025 a 2030. Segundo o CNE, ele foi proclamado vitorioso com 51,21% dos votos contra 44% de Edmundo González, o segundo colocado.
Contestações e Acusações
Entretanto, o resultado foi questionado pela oposição, que alega fraude nas urnas. Ao receber o mandato, Maduro acusou um suposto golpe de Estado em gestação no país. A líder oposicionista María Corina Machado afirmou que adversários do presidente tiveram acesso a 40% das atas eleitorais que mostrariam a vitória de González, pedindo uma medida das Forças Armadas.
Expectativas e Consequências
Em suma, há uma expectativa de que o CNE publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isso, seria possível verificar se as atas em poder do conselho são as mesmas impressas na hora da votação e distribuídas aos fiscais da oposição ou aos observadores internacionais. Um dia após as eleições, o governo venezuelano decidiu expulsar representantes diplomáticos de vários países sul-americanos que contestaram o resultado das urnas.