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Mulher perde lábio superior após procedimento estético mal sucedido

Foto: Divulgação

Em 2020, a vida de Mariana Michelini, então com 35 anos, tomou um rumo inesperado após optar por uma harmonização facial em uma clínica localizada em Matão, interior de São Paulo. O procedimento, que deveria realçar sua beleza, resultou em uma séria complicação que a deixou sem o lábio superior.

Mariana acreditava estar recebendo injeções de ácido hialurônico, mas seis meses depois, acordou com o rosto inchado e dolorido. A descoberta chocante revelou que o produto utilizado era, na verdade, polimetilmetacrilato (PMMA), um composto plástico regulamentado pela Anvisa para usos específicos, mas proibido em harmonizações faciais devido aos riscos associados.

O PMMA, conhecido por suas diversas aplicações na área de saúde, desde lentes de contato até implantes de esôfago, mostrou-se desastroso no caso de Mariana. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária alerta para as possíveis consequências adversas, que incluem manchas, embolia pulmonar, inflamação, dor crônica e necrose.

Após tentativas frustradas com corticoides e antibióticos, Mariana viu os microplásticos migrarem para a região do buço. Transferida para um cirurgião plástico, ela enfrentou a difícil decisão de remover toda a região do lábio superior e do buço. Em dezembro de 2023, iniciou a árdua jornada de reconstrução dos tecidos perdidos, com previsão de mais procedimentos pela frente.

A tragédia de Mariana ganhou visibilidade quando compartilhou sua história nas redes sociais. No entanto, a busca por justiça foi interrompida, pois ela foi processada pela pessoa responsável pelo procedimento, impedida de mencionar seu nome e profissão.

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