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Mais de 140 pessoas morrem em massacre de festa de Halloween na Coreia do Sul (VÍDEO)

Salvador Notícia: Foto/Divulgação

Ao menos 146 pessoas morreram e outras 150 ficaram feridas em um tumulto depois que uma multidão se reuniu em ruas estreitas de um bairro central da capital sul-coreana para celebrar o Halloween, na noite deste sábado (29).

No incidente, centenas de pessoas foram prensadas em um beco junto à saída 2 do metrô de Itaewon durante a tradicional comemoração do dia das bruxas em Seul. Algumas vítimas morreram pisoteadas ou foram asfixiadas pela multidão. Outras tiveram parada cardíaca.

Choi Sung-beom, chefe dos bombeiros do distrito de Yongsan, onde fica Itaewon, afirmou à agência Reuters que todas as mortes provavelmente foram causadas pelo esmagamento no beco estreito, mas as autoridades disseram que ainda estão investigando as causas exatas.

Vídeos nas redes sociais mostram socorristas tentando ressuscitar as pessoas deitadas no asfalto com massagens no peito e respiração boca a boca, e bombeiros carregando macas com corpos cobertos por sacos de plástico. Muitas das vítimas eram mulheres na casa dos 20 anos, segundo o Corpo de Bombeiros.

Itaewon é conhecido por sua intensa vida noturna, com bares, boates e restaurantes, e tem caráter cosmopolita e internacional, com a presença de muitos turistas e estrangeiros. A região já abrigou a principal base militar dos Estados Unidos na Coreia do Sul.

A estimativa é de que 100 mil pessoas estivessem pelas ruas do bairro na noite deste sábado, segundo a imprensa local, celebrando o primeiro Halloween dos últimos três anos —a festa havia sido suspensa por causa da pandemia. Muitos tinham seus rostos maquiados, usavam máscaras e fantasias.

Celebrar o Halloween na região faz parte do calendário da cidade, diz o jornalista e consultor econômico carioca Thiago Mattos, que vive em Seul há cinco anos. Ele relata ter visto corpos sendo removidos por paramédicos, mas inicialmente pensou que eram pessoas que haviam bebido demais sendo retiradas do local devido à embriaguez, algo que ele diz ser relativamente comum durante a festa.

“Quando eu fui vendo mais um, mais um e outro, tem alguma coisa errada, não é possível que seja tanta gente alcoolizada ao mesmo tempo. Quando cheguei na rua principal, onde os carros trafegam, vi que havia um oceano de ambulâncias e paramédicos chegando. Foi só aí que eu percebi a dimensão da situação”, ele diz, acrescentando que a região não parecia mais cheia do que o normal para um Halloween e que o socorro chegou rápido, pois há um hospital e uma sede dos bombeiros por perto.

Ainda assim, engarrafamentos e aglomerações de pedestres restringiram os movimentos do veículos de emergência, tanto na entrada quanto na saída do local das mortes.

Uma testemunha afirmou à Reuters que um necrotério improvisado foi instalado em um prédio adjacente ao local. Dos 146 mortos, 45 foram transportados para o ginásio Wonhyoro para que fossem identificados por suas famílias, informaram agentes do governo. Os outros 101 foram levados para hospitais.

“A área ainda está caótica, estamos tentando descobrir o número exato de pessoas feridas”, disse Moon Hyun-joo, funcionário da Agência Nacional de Bombeiros.

O presidente Yoon Suk-yeol conduziu uma reunião de emergência e ordenou que equipes médicas de emergência fossem para a área, de acordo com um comunicado de seu escritório. Enquanto isso, as autoridades criaram um centro improvisado de gerenciamento de desastres e uma clínica de primeiros socorros em frente ao Hamilton Hotel, perto do local da tragédia.

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