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Justiça determina prisão preventiva de companheiro suspeito de participar na queda de médica de prédio em bairro de Salvador

IMAGEM REPRODUÇÃO

Segundo informações do site G1, a Justiça converteu em preventiva a prisão do companheiro da médica que caiu do quinto andar de um prédio no bairro de Armação, em Salvador, na segunda-feira (20), um dia após ele ser preso em flagrante, por tentativa de feminístico. A conversão da pena foi nesta terça-feira (21).

Também hoje, a família disse que o estado da mulher é considerado gravíssimo. Ela está no Hospital Geral do estado (HGE), onde passou por cirurgia. O casal está junto há um ano e foi morar no aparamento há seis meses.

Segundo a Justiça, a conversão da prisão para preventiva ocorreu, entre outras coisas, para manter a ordem pública, além de um possível perigo gerado pelo “estado de liberdade do imputado”.

A decisão pontuou ainda que durante o interrogatório, o homem não revelou detalhes concretos de uma possível tentativa de suicídio por parte da vítima e fez uma “narrativa desconexa, evasiva e sem conteúdo”. E que o interrogatório está recheado de faltas de justificativas e relatos da dinâmica do casal na segunda.

Além disso, a decisão ainda revelou que, apesar de dizer que era apaixonado pela mulher durante depoimentos, o homem nada fez e “inerte ficou até ocorrer o fato”

O caso ocorreu na Rua Rodrigues Doria, por volta de 1h20 da segunda. Vizinhos do casal disseram que a médica, identificada como Sáttia Lorena Patrocínio Aleixo, caiu do prédio após uma discussão com o companheiro.

Na ocasião, o homem foi encaminhado para a Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam), onde a ocorrência foi registrada.

Segundo a delegada Bianca Torres, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) do Engenho Velho de Brotas, onde o caso é investigado, em entrevista à TV Bahia na segunda, o médico nega ter empurrado a companheira. Ele teria dito que a mulher sofria de depressão e se jogou do prédio.

Em entrevista ao site G1 nesta terça(20), Anderson Moreira, primo de Sattia, disse que ela não tinha histórico de depressão.

“É muito estranho tudo o que aconteceu e tudo que está acontecendo. Ela não era depressiva. Ela não era depressiva. Ela não faria isso. Olha o histórico dela. É uma mulher bonita, 27 anos, médica, tem apartamento, carro próprio. Como é que ela poderia se jogar?”, contou.

Ele contou também que o relacionamento dois dois era tóxico e que o homem não deixava a médica ter redes sociais na internet.

“ A relação deles sempre foi muito conturbada. Era um relacionamento muito possessivo. Muito tóxico. Aí eu faço a pergunta: ‘Hoje em dia, quem é que não tem um instagram?’ Até cachorro tem instagram, mas ela não tinha. ‘Por que ela não tinha?’ Isso reforça justamente essa possessividade dele. Esse controle”, completou.

Ainda de acordo com a delegada Bianca Torres, um homem que mora no 4° andar do prédio em que o casal vive disse, em depoimento, que acordou com a discussão dos vizinhos. Ele contou que tentou conversar com a mulher pela janela quando percebeu que a médica estava apoiada no parapeito e viu que o companheiro segurava as mãos delas, mas que a mulher dizia que não tinha mais forças.

De acordo com o advogado do médico, Gamil Föppel, o homem disse que tentava a separação, e que Sáttia tentou agredir ele e se jogar pela janela da sala, como não conseguiu, foi para o quarto, onde tudo aconteceu.

“A pessoa avisa, pede para que não faça, chama a polícia, chama o Samu e presta o socorro. Não é minimamente razoável aceitar, nem mesmo em tese, a ideia de que ele praticou a tentativa de homicídio”, disse o advogado.

Fonte: G1

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