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Jornalistas da VEJA são detidos pela Polícia da Bahia

Viatura da Polícia da Bahia: equipe de VEJA foi detida durante investigação da morte de miliciano ./Reprodução

O repórter Hugo Marques e o repórter fotográfico Cristiano Mariz, da revista VEJA, foram detidos na manhã desta sexta-feira(14), enquanto tentavam localizar o fazendeiro Leandro Abreu Guimarães, testemunha-chave para esclarecer as circunstâncias da morte do ex-capitão Adriano da Nóbrega. Os jornalistas tentavam entrevistar o fazendeiro, quando foram cercados por duas viaturas da Polícia Militar da Bahia.

Hugo e Mariz, que estavam dentro de um carro no momento da abordagem, se identificaram e exibiram suas credenciais de imprensa. Ainda assim, os policiais, de armas em punho, determinaram que os dois saíssem do carro, levantassem as mãos, abrissem as pernas para serem revistados.

“Como é que vocês descobriram esse endereço?”, indagou várias vezes um dos soldados.

Depois da revista, a polícia apreendeu o gravador do jornalista. Nele, havia diversas entrevistas feitas ao longo da semana sobre a controversa operação que resultou na morte de Adriano da Nóbrega. Os jornalistas receberam a ordem de seguir as viaturas até o distrito policial de Pojuca. Lá, agentes da polícia civil voltaram a questioná-los sobre o motivo da presença deles na cidade. Leandro Abreu é o fazendeiro que deu abrigo ao ex-capitão no município de Esplanada e uma das últimas pessoas a vê-lo com vida.

Na delegacia, o gravador foi devolvido e os jornalistas liberados após 20 minutos. Um agente que se identificou como Sérgio Pinheiro informou a VEJA que a detenção dos repórteres foi uma medida de segurança. “Eles estavam parados em frente à residência de uma testemunha desse caso aí”, explicou.

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