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J. Velloso: “falta pra todos.”, o cantor e compositor narra um pouco do mestre Riachão

Foto reprodução Instagram Jveloso

Acordar sem espirrar, hoje em dia, já é uma alegria. Acordei e nem tossi. Ufa! Um alívio que me substituiu as alegrias. Mas hoje acordei e caí logo na real desse galho frágil que é a sensação de ter paz, pelo menos interna.

O Riachão da Bahia nos deixou enquanto dormia. A Bahia adormecida. Descanso pra ele. Saudade, pesar e falta pra todos. Ele que sempre soube driblar a tristeza e contagiar a todos com sua alegria autêntica. Uma alegria produzida com muita consciência. Era um desejo dele ver as pessoas alegres. Só assim ele ficava feliz. Fico feliz por ter produzido, junto com @PaquitoAnjo, o CD dele Humanenochum, que foi até indicado ao Grammy Latino de Música. Fico feliz pois foi uma experiência com uma das bases do samba da Bahia, com uma pessoa que ensinava, mesmo sem a felicidade desejada, a sermos alegres. É a alegria vitoriosa que supera e sobressai aos descasos dessa sociedade egoísta. Perdemos nosso “humanenochum” número um e vamos seguir com mais essa falta. Não dá pra colocar essa tristeza em quarentena.

Ele tinha hábito de mascar alho. O cheiro de alho, que eu adoro, faz lembrar dele. E mesmo sem ter uma certeza científica, passei a mascar alho com mel, pois, independente do impacto desse hábito em relação a imunidade, esse cheiro me traz esperança pela alegria de viver de Riachão.

Parabéns, Riachão, por ter vencido todos obstáculos impostos por essa sociedade injusta e por ter dado um tapa na cara dela com sua alegria. Que “Vá morar com o diabo” os maus e “Cada macaco no seu galho”. Valeu, Malandro, por sua vida e obra. E obrigado pelo exemplo deixado.

https://www.instagram.com/p/B-XTUweFXaU/

Fonte: Texto J. Veloso

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