Hoje estamos comemorando o Dia da Consciência Negra (20), que representa a identificação da causa e luta dos ancestrais que desembarcaram no Brasil e trouxeram consigo toda a cultura, costumes e tradições do seu povo, além de trazer a reflexão sobre a situação da população negra no pais até os dias de hoje, pois é o segmento populacional mais atingido pela violência policial e pelas desigualdades sociais e económicas.
O Salvador Notícia, decidiu fazer uma matéria prestigiando lideres comunitários negros que saíram candidatos a vereador com campanhas independentes, sem nenhum tipo de ajuda monetária. Iremos conhecer um pouco da historia de cada candidato, e entender o processo de resistência de cada um no meio politico.
Ubiratan Feirreira dos Santos (PSD) ganhou 947 dos votos, mas conhecido pelo seu apelido Bira, é um líder comunitário empenhado pela sua comunidade, além de ser presidente da Associação de Moradores do Alto do Cabrito e Adjacências (AMACA) e dirigir a Liga Desportiva Arena Dique do Cabrito e Marechal Rondon. O vereador tem projetos que já vem sendo realizado na sua comunidade, que são curso ofertados gratuitamente aos moradores, centro cultural e profissionalizante da mulher, creche comunitaria, melhoria do transporte público, revitalização do dique do cabrito.
Sulivan Santos (Podemos), foi o candidato mais votado do subúrbio com 3.840 votos. O lema da candidatura do vereador foi “As Comunidades podem mais”, tem como propostas a instalação de uma UPA na comunidade do Lobato, ambulâncias em cada prefeitura bairro, criação de uma tarifa social, deixando o transporte publico mais barato, além de sempre apoiar a importância da valorização da educação no seu mandato.
Jai Ferreira (Avante) nascido e criado em Salvador, teve 2.848 votos, conhecido pela sua luta em busca de melhorias para as comunidades de São Caetano, Capelinha, Boa Vista, Sussunga e Fazenda Grande do retiro. Ele começou bem cedo na militância, sendo presidente do Gremio Estudantil do CELPC, há 18 anos atrás. Desde então o lider comunitário tem uma vida pública marcada por lutas e conquistas, além de considera o movimento estudantil, um termômetro para entender que a transformação social é possível com a participação popular.
Ambos candidatos, relataram também a dificuldade de levar o seu processo eleitoral para frente, já que não tinha nenhuma ajuda económica, citaram exemplos de não conseguir manter a equipe de trabalho, além de não ter dinheiro para carros de som, comida para seus voluntários, não ter material gráfico suficiente para sua campanha, tudo era feito pelo amor e para vê uma melhoria em suas devidas comunidades.
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