Devido à tragédia, o enterro do general foi adiado, segundo a agência ISNA. A nova data não foi informada. Suleimani foi morto por um ataque dos EUA na sexta (3) no Iraque. Ele foi uma das autoridades com mais poder no Irã, e é considerado um herói no país. Seu corpo foi levado a várias cidades do Irã nos últimos dias, em cortejos que atraíram multidões. Em Teerã, centenas de milhares de pessoas foram ao funeral na segunda (6). O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, chorou enquanto fazia orações em frente ao caixão. “Nossa vontade é firme. Dizemos aos nossos inimigos que nos vingaremos e que se [atacarem novamente] incendiaremos aquilo que eles amam”, disse na cerimônia em Kerman o comandante interino da Guarda Revolucionária, Hosein Salami. Multidão participa de funeral de Suleimani
Multidão participa de funeral de Suleimani. Via Reuters/ Multidão leva caixão do general Qassem Suleimani
Multidão leva caixão do general Qassem Suleimani. Via Reuters/ Mohammad Bagheri beija caixão de Abu Mahdi al-Muhandis, líder de uma miliícia iraquiana ligada ao Irã, morto no mesmo ataque feito pelos EUA Mohammad Bagheri beija caixão de Abu Mahdi al-Muhandis, líder de uma miliícia iraquiana ligada ao Irã, morto no mesmo ataque feito pelos EUA Mohammad Bagheri beija caixão de Abu Mahdi al-Muhandis, líder de uma miliícia iraquiana ligada ao Irã, morto no mesmo ataque feito pelos EUA Mohammad Bagheri beija caixão de Abu Mahdi al-Muhandis, líder de uma miliícia iraquiana ligada ao Irã, morto no mesmo ataque feito pelos EUA Mohammad Bagheri beija caixão de Abu Mahdi al-Muhandis, líder de uma miliícia iraquiana ligada ao Irã, morto no mesmo ataque feito pelos EUA
Suleimani liderou po mais de 20 anos a força Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária do Irã responsável pelo serviço de inteligência e por conduzir operações militares secretas no exterior. Próximo do aiatolá Khamenei, Suleimani era um dos nomes mais cotados para sucedê-lo no comando do país, segundo o jornal The New York Times —o líder supremo iraniano tem 80 anos. Para Washington, Suleimani era o idealizador da estratégia de apoiar milícias no Iraque e na Síria contra as tropas americanas. Por isso, o governo dos EUA culpava o general pela morte de até 700 militares do país nos últimos anos. A ação dos EUA aumentou a tensão no Oriente Médio. O Irã prometeu se vingar e disse que não respeitará mais os limites do acordo internacional pelo qual se comprometia a conter sua capacidade de enriquecimento de urânio. O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou fazer novos ataques caso haja retaliações por parte do país persa.