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Flávio Bolsonaro contrata ex-advogado de Sérgio Cabral para sua defesa, depois da saída de Wassef

Foto: imagem reprodução

Depois de ver Frederick Wassef deixar sua defesa, o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) contratou o advogado Rodrigo Roca, que já defendeu Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a Polícia, Wassef abrigava Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, em sua casa em Atibaia há cerca de um ano. A prisão de Queiroz na semana passada intensificou a crise política em torno do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

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Roca defendeu Sergio Cabral até 2018, quando o ex-governador chegou a um acordo para realizar uma delação premiada, contrariando a estratégia de sua própria defesa.

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Advogado que abrigou Queiroz deixa defesa de Flávio

O advogado Frederick Wassef anunciou na noite deste domingo (21) que deixará a defesa do senador Flávio Bolsonaro e pediu desculpas ao presidente Jair Bolsonaro se causou “algum dano de imagem”.

“No dia de hoje [domingo], eu tomei a decisão, liguei para o senador Flávio Bolsonaro e falei: ‘Flávio, eu não vou mais continuar no caso, eu vou sair do seu processo, no PIC [procedimento investigatório criminal] e vou substabelecer para outro advogado sem reservas iguais”, disse o advogado em entrevista à CNN Brasil.

“O senador Flávio Bolsonaro não quis aceitar, pediu que eu ficasse, pediu, relutou e eu falei: ‘Flávio, eu não vou me permitir ser usado para prejudicar o seu pai, presidente do Brasil, e te prejudicar.”

Wassef disse que divulgará nesta segunda-feira (22) quem será o novo advogado de Flávio Bolsonaro.

No último dia 18, o ex-assessor de Flávio e amigo da família Bolsonaro Fabrício Queiroz foi preso em um sítio de Wassef, que advoga para o senador e também para o presidente, em Atibaia (SP).

Queiroz é investigado por participar de um suposto esquema de rachadinha no gabinete do filho do ex-presidente, quando Flávio era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Em rede social, Flávio Bolsonaro afirmou que Wassef não é mais seu advogado no caso das rachadinhas investigadas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Flávio fez o anúncio logo após o advogar afirmar à CNN que saía do caso.

“A lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis”, escreveu o senador. As rachadinhas são investigadas em relação ao período em que o filho do presidente Jair Bolsonaro era deputado estadual.

“Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao Presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado.”

À Folha de S.Paulo, neste sábado (20), Wassef disse que foi vítima de uma armação para incriminar o presidente Jair Bolsonaro, de quem é amigo. “Não sou o Anjo”, afirmou ao jornal, referindo-se ao apelido dado a ele pela família do presidente e que deu nome à operação desta semana do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Foi a primeira manifestação de Wassef desde a prisão de Queiroz. Ele negou que tenha abrigado Queiroz e que tenha mantido contatos com sua família.

“Nunca telefonei para Queiroz, nunca troquei mensagem com Queiroz nem com ninguém de sua família. Isso é uma armação para incriminar o presidente.”

O mandado de prisão contra Queiroz foi expedido pela Justiça do Rio de Janeiro –ele não era considerado foragido. O ex-assessor, que é policial militar aposentado, estava em um imóvel de Wassef, figura constante no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e em eventos no Palácio do Planalto.

Wassef não tem dito por que Queiroz estava em seu imóvel.

Em nota, o Ministério Público de São Paulo, que prendeu Queiroz em operação conjunta com a Polícia Civil paulista, afirmou que a operação da última quinta-feira “transcorreu nos estritos limites da lei. Filmada, a ação dos promotores e dos policiais contou com o acompanhamento de três representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, observando-se, assim, todas as formalidades legais”.

A Secretaria de Segurança Pública também afirmou em nota que a atuação do Departamento de Operações Policiais Estratégicas, em apoio à operação desencadeada por agentes do Ministério Público, foi acompanhada por membros da OAB, “garantindo todas as formalidades legais”.

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