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Feira oferece serviços gratuitos de saúde e empreendedorismo no Multicentro de Saúde Carlos Gomes

Foto: Divulgação

A feira “Pensar, Empreender” dedicada à saúde e ao empreendedorismo está em andamento desde segunda-feira, 23 de outubro, no Multicentro de Saúde Carlos Gomes, localizado no centro de Salvador. Este evento, que ocorre em conexão com a Semana da Doença Falciforme, acontece diariamente das 10h às 15h, continuando até sexta-feira, 27 de outubro, quando é celebrado o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme.

O propósito central da feira é fomentar a prevenção, o autocuidado e a disseminação de informações sobre a doença, bem como fornecer informações sobre os locais de assistência aos pacientes afetados pela enfermidade.

Durante o evento, haverá uma exposição de roupas e artesanatos confeccionados por pacientes ou seus familiares, juntamente com a distribuição de materiais informativos e orientações prestadas por profissionais de saúde em relação à enfermidade. Além disso, as crianças terão a oportunidade de desfrutar de atividades lúdicas com a equipe do ambulatório.

Doença Falciforme

A Doença Falciforme é uma condição hereditária e genética caracterizada por uma mutação no gene responsável pela produção da hemoglobina (HbA). Essa mutação leva à formação de uma hemoglobina mutante denominada S (HbS), com herança recessiva.

Em indivíduos com Doença Falciforme, as hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), que normalmente têm uma forma arredondada, assumem uma forma de “meia lua” ou “foice”, originando o nome “doença falciforme”. Essa alteração de forma ocorre em situações como esforço físico, estresse, exposição ao frio, traumas, desidratação, infecções e outras circunstâncias.

Essa mudança de formato dificulta a passagem eficaz das hemácias pelos vasos sanguíneos, prejudicando a oxigenação do corpo e causando má circulação em todo o organismo.

As manifestações clínicas da Doença Falciforme podem afetar diversos órgãos e sistemas do corpo, incluindo crises de dor, icterícia, anemia, infecções, síndrome mão-pé, crise de sequestro esplênico, acidente vascular encefálico, priapismo, síndrome torácica aguda, crise aplásica, ulcerações, osteonecrose, complicações renais e oculares, entre outras.

O diagnóstico da Doença Falciforme é realizado principalmente por meio do Programa Nacional de Triagem Neonatal, conhecido como o “Teste do Pezinho”. Crianças a partir dos quatro meses de idade, jovens e adultos que ainda não foram diagnosticados com a doença podem realizar o teste de eletroforese de hemoglobina, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o teste faz parte da rotina do pré-natal, garantindo o acesso a todas as gestantes e seus parceiros.

O diagnóstico precoce desempenha um papel fundamental na redução dos danos causados pelos sintomas da Doença Falciforme, como a diminuição das crises de dor e a necessidade de transplantes em estágios mais avançados.

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