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Falso dentista é preso em consultório clandestino na Bahia

Suspeito de exercer a profissão de dentista sem registro, homem foi detido após denúncia de paciente que sofreu graves complicações após procedimento.

Clínica odontológica clandestina foi interditada nesta terça-feira, em Vitória da Conquista — Foto: Divulgação/10ª Coorpin

Nesta terça-feira (27), um homem foi preso em flagrante em um consultório odontológico clandestino, localizado na Rua do Triunfo, no centro de Vitória da Conquista, Bahia. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito exercia ilegalmente a profissão de dentista, sem registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO), e foi detido após uma operação conjunta com a Vigilância Sanitária e o Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Investigação e Denúncia

A investigação teve início em 20 de junho de 2024, após uma paciente registrar um boletim de ocorrência contra o suspeito. Segundo o depoimento, ela havia pago R$ 250 para um tratamento de canal no dia 27 de novembro de 2023. Confiante no atendimento, a paciente retornou ao consultório, mas, após o procedimento, começou a sentir dores intensas e desenvolveu paralisia facial. Posteriormente, foi diagnosticada com parestesia, decorrente de um dano ao nervo trigêmeo, e precisou ser internada por 38 dias, parte deles na UTI.

Ação Policial e Interdição

Durante o cumprimento do mandado de prisão, os agentes encontraram no consultório clandestino diversos produtos odontológicos com validade expirada e instrumentos sem esterilização. A Vigilância Sanitária constatou ainda que o local não possuía licença sanitária e estava em condições insalubres.

Após a inspeção, foi confirmado que o suspeito não possuía registro no CRO, o que configurou o exercício ilegal da profissão. Os materiais apreendidos incluíam uma caixa de pérfuro-cortantes e produtos terapêuticos sem registro na Anvisa, e o consultório foi lacrado.

Consequências e Operação

O homem foi preso em flagrante pelos crimes de exercício ilegal da odontologia e uso de produtos terapêuticos sem registro, crimes que, somados, podem resultar em uma pena máxima de até 17 anos de prisão. A operação, batizada de “Criminalis Praxi” (prático criminoso), contou com a participação de equipes da 1ª Delegacia Territorial (DT) de Vitória da Conquista, a 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior, a Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (CATI/Sudoeste), além de peritos do DPT e representantes do CRO-BA e da Vigilância Sanitária.

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