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Economista alerta brasileiros que não há necessidade de estocar arroz apesar de enchentes no RS

Foto: Divulgação

Os rumores sobre a possível escassez de arroz no Brasil surgiram após as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional do grão. O desastre ambiental já causou mais de 160 mortes e danificou extensas áreas de cultivo.

Em Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador, o preço do arroz disparou para até R$ 9,00 por quilo, ante R$ 5,00 antes da tragédia. Essa alta de preços tem levado consumidores a estocarem o produto, forçando alguns estabelecimentos a limitarem a quantidade de quilos por cliente.

Para mitigar a crise, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) adiou indefinidamente um leilão para compra de arroz, mas anunciou a intenção de adquirir 104 mil toneladas de arroz beneficiado polido. Segundo a Conab, os estoques serão direcionados preferencialmente para pequenos varejistas nas regiões metropolitanas, visando controlar os preços e evitar especulações.

O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) também anunciou a isenção de tarifas para até dois tipos de arroz não parboilizados e um tipo brunido até dezembro de 2024.

Apesar dos esforços, o economista Carlos Rangel Portugal Pereira, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), alerta que os impactos indiretos sobre os preços podem ser significativos devido aos danos na produção e nas vias de transporte no Rio Grande do Sul. Ele destaca que os consumidores não precisam estocar arroz, pois a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) garantiu que os estoques e o abastecimento estão normalizados.

A suspensão do leilão pela Conab ocorreu em resposta ao aumento de 30% no preço do arroz comercializado por países vizinhos, revelando uma tentativa de exploração da situação. “O que nos resta, humildes consumidores, é ter cautela. Não há necessidade de estocar o produto e vamos aguardar os próximos capítulos”, conclui o economista.

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