David Mendez, advogado que representa a família da líder quilombola, Mãe Bernadete, executada com 12 tiros, em Simões Filho, há duas semanas, pediu para ser beneficiado no programa de proteção do Governo Federal.
A solicitação foi realizada na noite desta quarta-feira (30), após ele sofrer perseguições, encontrar sangue, provavelmente de origem animal, na porta da casa em que ele mora. O programa é o mesmo que Mãe Bernadete era beneficiada.
As estratégias à líder quilombola envolviam monitoramento através de câmeras instaladas no território do quilombo e rondas policiais. No mesmo programa, existe uma modalidade mais radical, que envolve troca de nome e endereço dos protegidos.
De acordo com o advogado, o motorista teve que trafegar à 200 quilômetro por hora, porque a situação causou pânico generalizado dentro do carro. Ao se aproximarem do posto da Polícia Rodoviária Estadual, os suspeitos teriam deixado o local.
Uma situação similar aconteceu cerca de dois anos, segundo Mendez, ele foi vítima de uma outra perseguição, quando voltava da cidade de Nordestina, onde há uma mina de diamantes, em um território com 12 comunidades quilombolas.
