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    Em travessia inédita, indígenas recontam história da Baía de Guanabara

    REDAÇÃOPor REDAÇÃO26/10/2025Nenhum comentário7 minutos de leitura
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    Às 13h30 a embarcação Águamãe se prepara para sair do porto da Praça XV, no centro do Rio de Janeiro. A viagem, pela Baía de Guanabara é no presente, mas é também sobre passado e futuro. ebcebc

    Conduzida pelo pensador e ambientalista Ailton Krenak e pelo cantor, compositor e pesquisador Mateus Aleluia, a tripulação vive uma viagem inédita sobre a história e importância das águas que já foram habitadas por mais de 80 aldeias indígenas e por onde chegaram europeus e o maior número de pessoas escravizadas da África de toda a América. Um local que abriga plataformas de petróleo e que sofre com vazamentos de óleo e com poluição, mas onde ainda hoje se pesca e se toma banho de mar.

    A travessia, que ocorreu neste sábado (25), foi promovida pela Associação Selvagem Ciclo de Estudos, organização não governamental fundada por Krenak, Anna Dantes e Madeleine Deschamps. Aberta ao público, mediante inscrição prévia, a navegação realizada em parceria com o Museu do Amanhã e Barcas Rio, fez parte da programação da Temporada França-Brasil 2025. 

    Durante a viagem, cantos, conversas e apresentações guiaram a exploração das águas, contando histórias muitas vezes esquecidas. Antes da travessia, a Agência Brasil conversou com os participantes. 

    “A Guanabara é mãe de muitos povos, existem muitos seres, muitos mundos que ainda estão ali conectados a povos que sempre estiveram ali de vários outros lugares. O local que acolhe e acolheu. É esse abraço entre essas águas, esse rio, esse local que parece um útero”, diz a jornalista, roteirista, curadora e multiartista Renata Tupinambá.


    Rio de Janeiro (RJ), 23/10/2025 – Renata Tupinambá participa do projeto Águamãe, que traz perspectivas indígenas sobre a Baía de Guanabara Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
    Rio de Janeiro (RJ), 23/10/2025 – Renata Tupinambá participa do projeto Águamãe, que traz perspectivas indígenas sobre a Baía de Guanabara Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

     Renata Tupinambá participa do projeto Águamãe – Fernando Frazão/Agência Brasil

    Renata apresentaria poesia e canto na língua tupi, tão familiar a quem ali viveu há séculos atrás. Ela lembra que a própria etnia, Tupinambá, habitou a região, chegou a ser dada como extinta, até ser novamente reconhecida nos anos 2000. O manto Tupinambá que, no ano passado, retornou ao Rio de Janeiro após ser levado à Dinamarca, é prova, segundo Renata, de que o povo resistiu e resiste. 

    “O manto Tupinambá é mais velho que o Brasil. A chegada desse ancião, fortalece as narrativas de um Rio que ainda não era Rio, mas que está cercado de memórias naquelas águas que são a Guanabara”, diz.


    Rio de Janeiro (RJ), 23/10/2025 – Carlos Papá Mirim Poty participa do projeto Águamãe, que traz perspectivas indígenas sobre a Baía de Guanabara Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
    Rio de Janeiro (RJ), 23/10/2025 – Carlos Papá Mirim Poty participa do projeto Águamãe, que traz perspectivas indígenas sobre a Baía de Guanabara Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

    Carlos Papá Mirim Poty participa do projeto Águamãe – Fernando Frazão/Agência Brasil

    O artista, cineasta e líder espiritual Carlos Papá foi o responsável por mostrar ao público que muitas das palavras que fazem parte do cotidiano carioca são de origem indígena: os nomes dos bairros Ipanema e Jacarepaguá e até mesmo carioca são heranças dos povos que aqui viveram e vivem.

    “Os cariocas não sabem ainda o significado do que eles falam. Muitas vezes falam Ipanema, Jacarepaguá, certos nomes que sociedade que está no Rio de Janeiro não sabe. Para mim, é uma grande honra revelar os nomes, os significados e os porquês”, diz.

    Seres vivos

    Papá também chama atenção para os seres não humanos que vivem na Guanabara. Recentemente, a despoluição de parte da Baía de Guanabara que resultou na reabertura para banho de praias como a do Flamengo, fez com que a cidade ocupasse também esses locais e valorizasse a vida ali. 

    “Na medida em que o ser humano vai tendo essa consciência maior, uma responsabilidade e percebendo que não é só humano que mora, que depende daquele lugar, que existe um crustáceo, que existem animais, existem pequenos moluscos que precisam desse ambiente. A partir do momento que o ser humano percebe isso, com certeza haverá mais cuidado na hora de usufruir o ambiente”, defende.

    A pensadora, aprendiz de parteira e educadora Cristine Takuá acrescenta que os demais seres vivos têm muito a ensinar aos seres humanos.

    “Se a gente pensa o coletivo de cotias ou o coletivo de formigas, de abelhas, eles conseguem eticamente se interagir muito melhor do que nós humanos. Então essa guerra de hoje da humanidade contra a própria humanidade é uma coisa que precisa ser repensada. Foram muitos séculos de uma humanidade que não soube caminhar, que pisou muito pesado na Terra e hoje a Terra está machucada”, enfatiza.


    Rio de Janeiro (RJ), 23/10/2025 – Cristine Takuá, do povo Maxakali, participa do projeto Águamãe, que traz perspectivas indígenas sobre a Baía de Guanabara Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
    Rio de Janeiro (RJ), 23/10/2025 – Cristine Takuá, do povo Maxakali, participa do projeto Águamãe, que traz perspectivas indígenas sobre a Baía de Guanabara Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

    Cristine Takuá, do povo Maxakali – Fernando Frazão/Agência Brasil

    Baía de Guanabara

    A Baía de Guanabara tem 337 quilômetros quadrados de espelho d`água, com 40 ilhas. Ao todo, 143 rios e córregos desaguam na baía, onde vivem 8,4 milhões de pessoas.

    Ela está entre dois blocos de falha geológica: a Serra dos Órgãos e diversos maciços costeiros, menores. É repositório de vida, já foi berçário de baleias, converteu-se em núcleo de negócios baleeiros, tornou-se o principal porto de metais preciosos, até hoje é porto por onde circulam dezenas de milhões de toneladas de produtos.

    De acordo com os povos indígenas Tukano, Dessano e outros povos do Rio Negro, na Amazônia, a Baía de Guanabara é o Lago do Leite onde chegou a canoa-cobra de sua travessia cósmica pela Via Láctea.

    Pensando o futuro

    Para a diretora e co-fundadora do Selvagem e da Dantes Editora, Anna Dantes, a Baía da Guanabara dá também lições para o futuro, principalmente quando se discute a exploração do petróleo na bacia sedimentar da Foz do Amazonas, região localizada na Margem Equatorial, no Norte do país, apontada como novo pré-sal devido ao seu potencial petrolífero. 

     


    Rio de Janeiro (RJ), 23/10/2025 – Anna Dantes, diretora e co-fundadora do Selvagem, fala sobre o projeto Águamãe, que traz perspectivas indígenas sobre a Baía de Guanabara Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
    Rio de Janeiro (RJ), 23/10/2025 – Anna Dantes, diretora e co-fundadora do Selvagem, fala sobre o projeto Águamãe, que traz perspectivas indígenas sobre a Baía de Guanabara Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

     Anna Dantes, diretora e co-fundadora do Selvagem – Fernando Frazão/Agência Brasil

    Na Baía já houve vazamentos de óleo, como o ocorrido no 18 de janeiro de 2000, um duto da Petrobras que ligava a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) ao terminal Ilha d’Água, na Ilha do Governador, rompeu-se antes do raiar do dia, provocando um vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo combustível nas águas da baía. A mancha se espalhou por 40km². O episódio entrou para a a história como um dos maiores acidentes ambientais ocorridos no Brasil.

    “Esse território foi tão atacado, tão transformado e vive questões muito centrais, inclusive no que está acontecendo agora na Foz do Rio Amazonas. Se a gente vive uma complexidade na Baía de Guanabara, ela é fruto de um sistema, de um sistema extrativista, de um sistema colonial”, diz, acrescentando que é possível observar no local os danos causados.

    Às vésperas da 30º Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorre em novembro, em Belém, a antropóloga, escritora e cineasta Nastassja Martin ressalta que para pensar o futuro e o meio ambiente é preciso ouvir os povos tradicionais.

    “A questão é não apenas integrar, mas também ouvir o que as pessoas que continuam a viver em conexão com esses lugares, com essa água, com esses animais têm a dizer, e que sabem o que está acontecendo porque vivenciam isso todos os dias. A questão das mudanças climáticas não é uma questão teórica, mas sim muito sensível e é também uma questão de sobrevivência”, enfatiza.

    Viver é maravilhoso

    Ailton Krenak mostra que se a sociedade muda a forma de pensar, pode mudar também os rumos da de toda a humanidade, cuidando melhor uns dos outros, de todos os demais seres vivos e do meio ambiente.

    “A filosofia ocidental prega que ‘existimos para realizar algo’, e então mandam produzir suas esculturas, deixar seu registro de realizações. Provavelmente, para os ocidentais, é honroso fazer barulho escandaloso na morte. É só ver a quantidade de monumentos construídos homenageando seus heróis. Entretanto, penso que podemos existir sem ter que deixar nada. Isso porque receber a vida e viver, por si só, é maravilhoso demais”, diz em trecho do livro Um rio um pássaro.

    E acrescenta: “Quando chegamos à Terra, descemos como pássaros que pousam silenciosamente, e um dia partimos de viagem ao céu sem deixar marcas.

     



    Fonte: EBC

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