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Professores das Universidades Estaduais da Bahia aprovaram indicativo de greve

Foto: Divulgação

A Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb) aprovou, em assembleia geral, um indicativo de greve, nesta segunda-feira (10). A decisão fortalece a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado, caso o governo estadual não apresente uma negociação satisfatória.

A associação informou que a deliberação ocorre após várias tentativas de negociação desde o início da gestão atual. A pauta de reivindicações foi protocolada na Governadoria, na Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), na Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb) e na Secretaria de Relações Institucionais do Estado da Bahia (Serin), mas até o momento, as respostas do governo não foram consideradas adequadas pelos docentes.

De acordo com a Coordenação da Aduneb, o reajuste salarial concedido este ano, de 6,97%, não foi retroativo à data-base da categoria e foi implementado sem negociação com as representações sindicais. Os professores afirmam que o aumento não cobre nem mesmo a inflação de 2023 e que as perdas salariais acumuladas desde 2015 superam 34%.

Em uma reunião realizada em 24 de maio, data em que ocorreu uma paralisação acadêmica das universidades estaduais da Bahia, o Movimento Docente esperava que o governo apresentasse um plano de recomposição salarial, o que não aconteceu. A Aduneb mencionou que existe a possibilidade de uma proposta de recomposição salarial ser apresentada pela Saeb no dia 14 de junho.

O indicativo de greve aprovado não significa uma greve imediata, mas sinaliza a intensificação da mobilização dos docentes e a disposição para deflagrar uma greve por tempo indeterminado caso o governo não responda às reivindicações apresentadas.

As universidades estaduais envolvidas incluem a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). A situação continua a ser monitorada de perto, com a expectativa de uma resposta do governo nos próximos dias.

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