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PF apreende oito toneladas de DMT em operação contra o tráfico internacional de drogas

Operação da Polícia Federal na Bahia, Santa Catarina e São Paulo prende dois suspeitos de tráfico internacional de entorpecentes — Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal realizou uma grande operação na última quinta-feira (10) contra o tráfico internacional de drogas, com apreensão de oito toneladas de dimetiltriptamina (DMT), droga conhecida por seus efeitos alucinógenos, em três estados brasileiros: Bahia, Santa Catarina e São Paulo. As apreensões ocorreram nas cidades de Conceição do Coité (BA), Navegantes (SC) e Buri (SP).

Além da apreensão das drogas, foram cumpridos dois mandados de prisão. Um dos suspeitos foi preso em Conceição do Coité, apontado como o principal fornecedor e envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro. O outro mandado foi cumprido em Navegantes, mas o papel do detido na organização criminosa ainda não foi detalhado.

A Justiça também determinou o sequestro de bens e ativos dos investigados, cujas identidades não foram divulgadas. Segundo a Polícia Federal, os suspeitos pertencem à mesma família e estão envolvidos na distribuição de DMT para países como Bulgária, Canadá e Argentina, utilizando contêineres e o serviço dos Correios.

A DMT é extraída da raiz da planta jurema preta, comum no semiárido brasileiro, e seus efeitos alucinógenos têm sido explorados em esquemas internacionais de tráfico. “Agora vamos aprofundar o entendimento sobre a atuação desse grupo. Se era uma operação familiar e artesanal ou se existe uma grande organização criminosa por trás dos investigados”, afirmou o delegado da Polícia Federal, Lucas Gonçalves.

Investigação teve início em 2022

A operação, batizada de “Roots”, começou em 26 de dezembro de 2022, após a apreensão de mais de 70 kg de DMT, 198 kg de mescalina e 358 kg de cannabis em San Miguel, no Chile. Na ocasião, um homem foi preso ao tentar receber a carga ilegal no país.

A investigação foi impulsionada pela declaração da empresa exportadora brasileira, que alegava enviar extrato da raiz de mimosa acácia. No entanto, foi descoberto que se tratava de mimosa hostilis, uma planta controlada no Chile, o que indicou a intenção de burlar a fiscalização.

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