No segundo trimestre de 2024, a Petrobras registrou um prejuízo contábil de R$ 2,6 bilhões, resultado impactado por eventos não recorrentes, como o acordo tributário relacionado a afretamentos de embarcações e plataformas. Apesar do impacto no balanço contábil, a empresa manteve um forte desempenho operacional, com geração de caixa robusta e investimentos estratégicos.
Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, o resultado era esperado devido ao acordo tributário com o Ministério da Fazenda e à volatilidade cambial, ambos sem efeito direto no caixa ou no patrimônio da companhia. Ela destacou a previsibilidade trazida pelo acordo, que evitou custos financeiros adicionais e garantiu a continuidade dos investimentos da empresa.
A Petrobras também destacou a forte geração de caixa operacional (FCO) de R$ 47,2 bilhões no trimestre, superando o primeiro trimestre de 2024. Esse indicador demonstra a capacidade da empresa de gerar recursos a partir de suas operações regulares, sendo um importante sinal de saúde financeira.
Apesar do resultado negativo, a companhia continuará a pagar dividendos aos acionistas, conforme sua política de dividendos vinculada ao fluxo de caixa operacional. No mesmo período, a Petrobras investiu US$ 3,4 bilhões, principalmente em projetos no pré-sal, totalizando US$ 6,4 bilhões no primeiro semestre, um aumento de 12,5% em relação ao ano anterior.
A receita líquida da Petrobras no segundo trimestre cresceu 4%, impulsionada por um aumento de 10% nas exportações de petróleo, refletindo a valorização do Brent. Além disso, a empresa contribuiu significativamente para a economia brasileira, pagando R$ 70 bilhões em tributos e R$ 14 bilhões em dividendos ao governo, totalizando R$ 84 bilhões em retorno à sociedade.
