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Pai de suspeito de matar delegada é semitido de hospital e alvo de investigação por estelionato na Bahia

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Arylton Feliciano de Arruda, médico e pai de Tancredo Neves, atualmente preso pelo assassinato da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, foi investigado por falsidade ideológica em 2022. Arylton teria levado o filho para trabalhar sem permissão em um hospital em Euclides da Cunha, onde foi demitido após o incidente vir à tona. Tancredo, formado em medicina no exterior, não possui registro no Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) e, portanto, não está autorizado a atuar como médico no Brasil.

O caso foi revelado por uma paciente que foi atendida por Tancredo e recebeu uma receita médica emitida com o registro do pai. A situação levou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) a denunciar ambos por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. Apesar das investigações, apenas Tancredo foi indiciado, enquanto Arylton não sofreu acusações formais, conforme informou a Polícia Civil, sem explicar os motivos.

O Hospital Português de Euclides da Cunha confirmou a demissão de Arylton Feliciano em 2022, após descobrir as irregularidades, e ressaltou que Tancredo nunca fez parte do quadro de funcionários da unidade. O Cremeb informou que investigará a participação de Arylton no suposto crime e examinará se Tancredo foi contratado como médico sem registro.

Além das acusações relacionadas ao exercício ilegal da medicina, Arylton Feliciano também é alvo de uma investigação por estelionato em Itamaraju, conduzida pelo MP-BA desde novembro de 2023. No entanto, o Ministério Público não se manifestou sobre o andamento do processo.

Tancredo Neves, que confessou ter matado a delegada Patrícia Neves, está preso em Salvador. Segundo a delegada-geral Heloísa Brito, uma das hipóteses é que o crime ocorreu após uma discussão relacionada a um empréstimo que Patrícia teria feito a Tancredo, supostamente para a revalidação de seu diploma médico no Brasil, processo que exige duas provas e custa R$3.630.

O corpo de Patrícia foi encontrado em seu próprio carro, em São Sebastião do Passé. Tancredo foi preso em flagrante e autuado por feminicídio.

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