Na manhã desta quarta-feira (18), a Polícia Federal deflagrou a Operação “Linha Verde“, visando desarticular um grupo suspeito de praticar fraudes contra a Caixa Econômica Federal. A ação envolveu o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária, com prejuízo apurado superior a R$ 567 mil.
As diligências ocorreram nas cidades de Salvador e Jequié, na Bahia, além de municípios nos estados de Sergipe e Alagoas. Ao todo, 21 agentes participaram da operação.
De acordo com as investigações, o esquema criminoso consistia na abertura de contas bancárias e na aquisição de créditos utilizando documentos falsos em nome de terceiros, sem o consentimento destes. Tanto os titulares dos documentos quanto a Caixa Econômica Federal foram reconhecidos como vítimas da associação criminosa.
Esquema milionário e prejuízo ainda maior
Segundo o Relatório de Informação Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), o grupo movimentou mais de R$ 4,6 milhões em operações bancárias suspeitas entre 2020 e 2024. No entanto, a PF acredita que o valor do prejuízo à Caixa Econômica Federal pode ser maior e será atualizado após a análise das provas obtidas na operação.
Além dos mandados cumpridos, foram determinadas medidas de bloqueio e sequestro de bens e valores dos investigados, totalizando o limite individual de R$ 300 mil por meio do Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (SISBAJU).
Crimes investigados e penalidades
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de estelionato, cuja pena é de reclusão de um a cinco anos e multa, e associação criminosa, com penas previstas de cinco a dez anos de reclusão, além de multa.
A Polícia Federal segue com as investigações para aprofundar as apurações e identificar outros possíveis envolvidos no esquema, visando reduzir os impactos das fraudes e recuperar os valores desviados.