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Manchas de óleo encontradas nas praias de Salvador e tartaruga morta são analisadas por pesquisadores da Ufba

Foto: Rosy Silva

Pesquisadores da Bahia tentam descobrir a origem das manchas de óleo que foram encontradas na tarde da última quinta-feira (25), nas praias de Piatã e Jaguaribe, em Salvador. Neste mesmo dia, uma tartaruga foi achada morta na região e está sendo analisada por profissionais da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

02Foto: Rosy Silva

Segundo representantes da ONG Guardiões do Litoral, que voltaram à praia de Jaguaribe na manhã desta sexta-feira (27). Eles acompanharam a retirada do material que chegou a pelo menos 100 quilos.

“É um risco muito grande para o meio ambiente, vida marinha e nós banhistas que estamos tomando banho sem devidos cuidados. As pessoas não sabem que o óleo está ali embaixo e, muitas vezes, quando o óleo fica em um estágio petrificado, começa a criar limo, a ter uma vida que engana a gente que está tomando banho no local”, diz um dos representantes da ONG Guardiões do Litoral.

Em outubro de 2019, manchas de óleo atingiram a Bahia, quase um mês após o início do problema no país. Mais de 300 praias de todo nordeste foram atingidas.

A Marinha do Brasil emitiu uma nota na semana passada relatando ter encontrado manchas de óleo no litoral de Pernambuco.

Nota à imprensa


A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 3º Distrito Naval (Com3ºDN), informa
que fragmentos de óleo, dispersos e em pouca quantidade, foram avistados e removidos de praias de
Pernambuco e Alagoas desde a última sexta-feira (19).
Equipes de Inspeção Naval da Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE) e da Capitania
dos Portos de Alagoas (CPAL) realizaram a limpeza das praias, bem como a coleta do material, que
foi enviado ao Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) para análise.
A análise feita pelo IEAPM, com as amostras coletadas, concluiu que os resíduos
apresentaram perfis químicos compatíveis com o material que atingiu a costa brasileira, sobretudo
no Nordeste, em 2019. E com base no exame realizado, a chegada desse material deve consistir na
reincidência de segmentos oleosos que não tinham sido anteriormente identificados durante as ações
de resposta. Seu aparecimento decorre, possivelmente, de fatores meteorológicos, como alterações
no regime de ventos e marés, que acabaram por revolver sedimentos e possibilitaram o
ressurgimento desses fragmentos neste último final de semana.
Desde 2 de setembro de 2019, a MB realiza ações na contenção e neutralização dos efeitos
danosos à natureza, provocados pelo derramamento de óleo que atingiu a costa brasileira no último
ano, mantendo o monitoramento rotineiro das praias do litoral, bem como estreitos laços com a
comunidade marítima, visando a preservação das riquezas contidas em nossa Amazônia Azul.
Caso aviste óleo nas praias, disque 185.

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