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Mãe acusada de matar a filha para ficar com guarda do neto é presa 17 anos após o crime

Andréa Rosa de Lorena foi morta em fevereiro de 2007 em Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba — Foto: Arquivo da família

A Polícia Militar do Paraná (PM-PR) prendeu, no último sábado (11), Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, que estava foragida da justiça por 17 anos sob acusação de ter assassinado sua própria filha, Andréa Rosa de Lorena, para obter a guarda de seu neto.

O crime aconteceu em 2007, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Andréa foi asfixiada após um almoço com sua mãe e seu padrasto, Everson Luís Cilian, que também está detido. A prisão de Tânia ocorreu em Marilândia do Sul, no norte do Paraná, após uma denúncia anônima.

O programa Linha Direta, da TV Globo, transmitido na quinta-feira (8), destacou o caso e encorajou denúncias contra a acusada. Tânia vivia sob um nome falso, apresentando-se como Lurdes.

Segundo relatório da PM, ela não demonstrou reação ao ser abordada e admitiu estar ciente das acusações contra si. Tânia, com mandado de prisão pendente, foi encaminhada ao Sistema Prisional de Apucarana.

A família da vítima recebeu a prisão com alívio, conforme afirmou a advogada Taís de Sá, representante do viúvo de Andréa, Juliano Saldanha. Até o momento, Tânia não constituiu defesa.

Tânia foi acusada pelo MP-PR em dezembro de 2007 por homicídio triplamente qualificado, mas a denúncia não foi apreciada devido à sua fuga. Seu marido, Everson Luís Cilian, também acusado, será julgado em breve.

O caso está em tramitação na comarca de Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba. Andréa deixou dois filhos e foi encontrada morta após ser estrangulada com um fio elétrico, embaixo da cama, após um almoço em família.

O MP apurou que Tânia e Everson buscavam a guarda do neto antes do crime, e testemunhas relataram ameaças feitas por Tânia à filha. O processo inclui depoimentos, incluindo do ex-marido de Tânia, que testemunhou as disputas pela guarda do neto.

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