A doutora em Ciências da Saúde Lorena Pinheiro, que foi aprovada em concurso público para uma vaga de professora adjunta na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Famed-Ufba), teve sua nomeação temporariamente suspensa por uma liminar judicial. Lorena, uma médica otorrinolaringologista negra, havia conquistado a vaga através do sistema de cotas, mas sua nomeação foi contestada por Caroline Cincurá, uma candidata da ampla concorrência.
Com apenas uma vaga disponível para a função na área de otorrinolaringologia, Lorena ficou em quarto lugar entre todos os candidatos. De acordo com o edital do processo seletivo e a lei de cotas, ela tinha direito à preferência. No entanto, em decisão proferida no dia 21 de agosto pela 1ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária da Bahia, a Justiça deu razão à candidata da ampla concorrência, Caroline Cincurá, que obteve a primeira colocação.
O trecho da decisão judicial afirma que, “em virtude de a Ufba ter oferecido apenas uma vaga para o cargo de professor de médico otorrinolaringologista, a aplicação dos percentuais de 20% e de 5% de reserva para negros e deficientes não pode suprimir a primeira classificação de livre concorrência”. Lorena Pinheiro expressou seu descontentamento, afirmando que se sentiu “completamente violada” pela decisão.
