A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do empresário Marcelo Batista da Silva, dono de um ferro-velho em Salvador, após o desaparecimento de dois funcionários do local. A decisão judicial foi assinada no sábado (9), e Marcelo segue foragido até esta segunda-feira (11). A polícia não descarta nenhuma linha de investigação e ainda não há evidências que apontem a motivação ou autoria do crime.
Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25, foram vistos pela última vez em 4 de novembro, quando saíram de suas casas para trabalhar no ferro-velho, localizado no bairro de Pirajá. A mãe de Paulo Daniel, Marineide Pereira, relatou que o patrão dos jovens os havia acusado de roubar um gerador dias antes do desaparecimento, o que levou a família a levantar suspeitas de sequestro contra Marcelo.
Na sexta-feira (8), quatro dias após o sumiço, policiais civis e bombeiros militares realizaram buscas no galpão do ferro-velho. Ainda na sexta, o carro do empresário foi incendiado. Em entrevista ao programa Bahia Meio Dia, da TV Bahia, Marcelo deu detalhes sobre supostos furtos em sua empresa. Ele afirmou que, nos últimos dois meses, cerca de 5 toneladas de alumínio foram furtadas do local e que, em 3 de novembro, ele havia recuperado parte da carga ao seguir o caminhão utilizado no crime.
O empresário declarou ainda que registrou queixa policial contra um terceiro funcionário no dia 4, suspeitando que este estivesse envolvido nos furtos. Segundo Marcelo, Paulo Daniel e Matusalém também teriam sido flagrados em um novo furto no ferro-velho no mesmo dia, e ele planejava acionar a polícia para fazer um flagrante, porém os jovens não apareceram para trabalhar no dia seguinte e não fizeram mais contato.