O governo federal decidiu nesta sexta-feira (3) adiar em todo o país a aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) devido às fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. O certame, considerado o maior do Brasil, estava previsto para ocorrer no domingo (5).
O adiamento foi anunciado oficialmente pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.
“A conclusão que tivemos hoje é que é impossível fazer a prova no Rio Grande do Sul. O nosso objetivo, desde o início, é garantir o acesso de todos os candidatos”, afirmou a ministra. “A solução mais segura para todos os candidatos de todo o país é o adiamento da prova”, complementou.
Anteriormente, o ministro Paulo Pimenta havia informado que o governo estava avaliando a possibilidade de adiar as provas no Rio Grande do Sul, estado onde estão inscritos 86 mil candidatos em dez cidades.
O CPNU é o concurso com o maior número de candidatos já realizado no país, com 3.665 locais de aplicação e 75.730 salas em todo o Brasil. Ao todo, 2,144 milhões de candidatos inscritos disputarão 6.640 vagas oferecidas por 21 órgãos públicos federais.
Enchentes no Rio Grande do Sul
De acordo com boletim da Defesa Civil estadual divulgado nesta sexta-feira, as chuvas no Rio Grande do Sul já causaram 31 mortes. Além disso, há 74 pessoas desaparecidas e 56 feridos. Até o momento, 235 municípios foram afetados, totalizando 351.639 pessoas afetadas. Dentre essas, 17.087 estão desalojadas e 7.165 estão em abrigos. O governador Eduardo Leite afirmou que esses números podem aumentar nos próximos dias.
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