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Fase 3 não tem previsão de inicio em Salvador

Foto: Max Haack/Secom

O prefeito ACM Neto anunciou nesta quinta-feira (20) que o início da fase 3 da retomada econômica de Salvador, que teria reabertura de parques, cinemas, teatros e clubes, será adiado. Ainda não havia uma data marcada, mas com a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 abaixo dos 60% por mais de cinco dias seguidos e passados 15 dias do início da segunda fase, a expectativa era de que a terceira etapa começasse na segunda-feira (24). A prefeitura informou que vai acompanhar a evolução dos casos do novo coronavírus em Salvador para decidir quando a fase 3 será ativada.

“Ontem, fechamos com taxa de ocupação de 54% já pelo segundo ou terceiro dia consecutivo”, afirmou Neto, dizendo que os critérios já tinham sido alcançados, mas eram “parâmetros mínimos” para a liberação da terceira fase. “No dia em que apresentamos o plano, deixamos claro que o poder público poderia decidir alterar o início dessas fases de acordo com análise do cenário”, acrescentou.

Neto afirmou que o volume de atividades que retomou com a segunda fase foi muito grande. “Tivemos nesse último final de semana o primeiro teste com tantas atividades funcionando ao mesmo tempo na capital. E estamos acompanhando os números. Houve, na média móvel da última semana um dia específico com pico do número de casos, impactando em toda média móvel. Estamos examinando a razão disso”, afirmou.

A decisão de adiar a fase 3 foi um consenso das autoridades de saúde do município e do Estado. Por enquanto, não há nova previsão de data ou critério para o início dessa etapa. ACM Neto disse que é preciso ter mais tempo da fase 2 para poder analisar o impacto com maior segurança. “Esse adiamento se dá por medida de prudência, cautela e cuidado com a vida”, disse.

O prefeito citou que as duas primeiras fases começaram e se desenrolaram sem grandes problemas, sem risco de colapso do sistema de saúde e nem crescimento da ocupação de leitos de UTI. “Mas a gente não pode perder isso, e os riscos de uma abertura sem cuidado são altíssimos”, afirmou. Ele lembrou ainda que as atividades da terceira fase ficaram por último justamente por serem menos essenciais. 

Cenário 
Para o gestor do Teatro Jorge Amado, Nell Araújo, a retomada das atividades nesses espaços vai além da queda nos números da pandemia. A logística e o protocolo para a reabertura são outros desafios. Ele contou que participou de uma reunião com representantes do município na segunda-feira (17) para discutir essas questões.

“Estamos avaliando como será essa reabertura. Mesmo que ela fosse autorizada na próxima semana o Jorge Amado [teatro] não iria reabrir de imediato. Existe uma logística e protocolos que precisamos seguir para o funcionamento, e eles têm impacto financeiro. Impacto financeiro em uma casa que está sem caixa há meses. Então, temos que sentar e fazer um planejamento”, afirmou.

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