Home Eventos Discussões sobre turismo e diversidade da Bahia são destaque no Festival Liberatum

Discussões sobre turismo e diversidade da Bahia são destaque no Festival Liberatum

Foto: Tatiana Azeviche/Setur-BA

“Eu nasci no Rio de Janeiro, me considero um africano nascido em terras brasileiras, mas, na Bahia, me considero um completo brasileiro”. A declaração é de Seu Jorge, que participou do Festival Liberatum, em Salvador, no sábado (4).

O artista participou do painel “De Quem é o Papel de Promover a Diversidade?”, que reuniu também a atriz espanhola Rossy de Palma e sua filha, Luna Lionne, além do rapper baiano Hiran. O diálogo foi proposto pelo Governo do Estado.

Também perguntada sobre suas experiências na Bahia, Rossy de Palma revelou visitar o estado pela segunda vez: “na primeira, aconteceram algumas coisas místicas e, agora, quero ter outras experiências, a Bahia está sempre em meu coração”.

O turismo integrou, também, os debates em torno de Afrofuturismo – Ancestralidade, Inovação e Transformação, painel com o empreendedor Paulo Rogério e a coordenadora de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Embratur, Tania Neres.

“Pouco fica para a população negra com o turismo, então temos de começar a reestruturação e isso pede protagonismo, empreendimento, é disto que se trata o afroturismo”, declara Neres em sua colaboração no evento.

“Precisamos entender que o afroturismo perpassa por várias outras questões e que o povo preto está organizado e sabe o que quer”, completou a mediadora do painel, Marina Duarte, presidente estadual da União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro).

Promoção dos destinos

A Setur-BA divulgou entre o público visitante os potenciais e atrativos das 13 zonas turísticas. Com uma baiana estilizada, distribuição de fitinhas do Senhor do Bonfim, cocadas e confecção de turbantes, estavam sendo feitas no local.

O bloco Muzenza também esteve marcando presença e atraiu a atenção dos participantes do público do festival. Empreendedores também mostraram o que a Bahia tem de melhor no artesanato e na agricultura familiar, em parceria com outros órgãos.

“O evento, assim como a própria Bahia, que eu só conhecia pela mídia, superaram minhas expectativas. Vim especialmente para a palestra de Seu Jorge e suas posições sobre a negritude”, afirmou o angolano Mika Costa, de 24 anos.

Compartilhe agora: