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Desemprego no Brasil cai para 6,9%, menor índice em uma década; Bahia registra forte queda, mas ainda lidera entre as maiores taxas

Foto: Divulgação

A taxa de desocupação no Brasil recuou para 6,9% no segundo trimestre de 2024, uma queda de um ponto percentual em relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (15) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE. Esse é o menor índice registrado para um segundo trimestre desde 2014.

A pesquisa revela que 15 das 27 unidades da federação registraram uma redução na taxa de desocupação, contribuindo para o recuo nacional de 7,9% no primeiro trimestre para 6,9% no período de abril a junho de 2024. Entre os estados, a Bahia se destacou com uma queda significativa no desemprego, passando de 14% no primeiro trimestre para 11,1% no segundo trimestre, uma redução de 2,9 pontos percentuais.

Apesar da melhoria, a Bahia ainda figura entre os estados com as maiores taxas de desocupação, ao lado de Pernambuco (11,5%) e do Distrito Federal (9,7%). Em contraste, os estados com as menores taxas foram Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%).

A pesquisa também destacou uma redução significativa na população desocupada em todas as faixas de tempo de procura por trabalho. Aqueles que buscavam emprego por menos de um mês tiveram uma redução de 10,2%, enquanto o grupo que procurava trabalho por dois anos ou mais apresentou a maior queda, de 17,3%. O número de pessoas buscando emprego por mais de dois anos caiu para 1,7 milhão, o menor desde 2015.

No que diz respeito à informalidade, 38,6% da população ocupada no Brasil estava em situação informal no segundo trimestre de 2024. As taxas mais altas de informalidade foram registradas no Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%), enquanto Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%) apresentaram as menores taxas.

A pesquisa do IBGE também apontou desigualdades no mercado de trabalho relacionadas a gênero, cor e nível de instrução. A taxa de desocupação foi maior entre as mulheres (8,6%) em comparação com os homens (5,6%) e também mais alta entre pretos (8,5%) e pardos (7,8%) em relação aos brancos (5,5%). Em termos de escolaridade, aqueles com ensino médio incompleto apresentaram uma taxa de desocupação de 11,5%, enquanto para os que têm nível superior completo, a taxa foi de apenas 3,6%.

Por fim, o rendimento médio real da população ocupada apresentou crescimento no Sul e Nordeste em comparação ao trimestre anterior, enquanto as demais regiões mantiveram estabilidade. Em comparação ao mesmo período de 2023, o Sul, Nordeste e Sudeste registraram aumento no rendimento médio, com estabilidade no Norte e Centro-Oeste.

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