Após uma reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira (16) em decorrência da pandemia do coronavírus (Covid-19), o Conselho Municipal de Turismo de Salvador (Comtur) enviará uma carta ao Ministério da Saúde solicitando a tomada de medidas emergenciais na cidade.
A triagem, colhimento de informações e o monitoramento de passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador é uma das providências solicitadas pelo Conselho. A ausência de representantes da saúde no aeroporto da capital é uma demanda já apresentada pelos próprios passageiros, além da empresa concessionária. A medida deve ser determinada pelo Ministério da Saúde através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Três ações imediatas foram sugeridas pelo Comtur após a reunião: maior controle nos portões de entrada do país (como aeroportos e portos); medidas para mitigar o impacto financeiro nas empresas; além da necessidade de uma estratégia de comunicação associada ao turismo.
Além de associações do turismo, a reunião desta segunda também contou com representantes da Anvisa, além da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Todo o quadro clínico do COVID-19 foi esclarecido e questionamentos técnicos sobre como agir em casos pontuais foram feitos aos médicos presentes.
O Conselho Municipal de Turismo de Salvador é formado por 10 setores privados do turismo, além de representantes do setor público. Um representante da Vinci Airports, administradora do Aeroporto Internacional de Salvador, um da Socicam, administradora do Terminal Turístico Náutico da Bahia (TTNB), e outro da GL Events, concessionária do Centro de Convenções de Salvador, também estavam na reunião.
“A carta elaborada da reunião também será levada ao prefeito de Salvador, ACM Neto, e ao governador do estado da Bahia, Rui Costa, para que eles possam também incorporar esse encaminhamento dentro de suas relações institucionais e políticas”, afirmou o presidente do Comtur e secretário de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco.
Dentre as preocupações dos representantes do turismo estavam, por exemplo, o impacto financeiro das medidas de isolamento social, tanto imediato, quanto para os próximos meses. A queda no número de reservas em meios de hospedagem da capital foi de cerca de 30% na semana passada. A movimentação em bares e restaurantes atingiu uma queda de 50%.
“O nosso pronunciamento é no sentido de que o governo federal, o Ministério da Saúde, incorpore recomendações dos diversos setores do Turismo. Que eles mantenham a receptividade das recomendações dos setores que podem servir para futuras decisões. Outro assunto que deve ser debatido, e também será encaminhado para o âmbito municipal e estadual, é o impacto financeiro nas empresas. Devemos recepcionar as inquietações dos setores para pensar em soluções objetivas. Além disso, temos que ampliar a comunicação, tanto para evitar fake news e compartilhar informações corretas, como para pensar já nos efeitos para o turismo e da promoção turística de Salvador”, afirmou Claudio Tinoco.
O documento está sendo elaborado em conjunto nesta segunda-feira (16) e deve ser encaminhado aos poderes públicos até a próxima quarta-feira (18).
Estiveram na reunião representantes da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV-BA), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-BA), Associação de Agências Operadoras de Receptivos da Bahia (Abre), Salvador Destination, Câmara Empresarial do Turismo da Fecomércio, Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sindicato das Empresas de Turismo no Estado da Bahia (Sindetur) e Sindicato de Guias de Turismo da Bahia (Singtur-BA).
Da esfera pública, Casa Civil, Guarda Municipal, Empresa Salvador Turismo (Saltur), Secretaria Municipal De Mobilidade (Semob), Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur), SMS, Sesab e Anvisa também foram representados.
