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COP28: Apesar de problemas de saúde Papa Francisco confirma partipação em evento

VATICAN CITY, VATICAN - : (Photo by Franco Origlia/Getty Images)

O líder da Igreja Católica, com cerca de 1,3 bilhão de fiéis, insiste há tempos na relação entre mudança climática e pobreza, sendo os mais marginalizados os que pagam o preço mais alto pelo aquecimento global.

Em 2015, Francisco publicou uma encíclica “Laudato Si”, na qual recorreu à ciência para argumentar contra a mudança climática, algo inédito para um líder religioso.

Meses depois, um acordo foi concluído na COP de Paris, no qual os países se comprometeram a limitar o aquecimento global a “muito abaixo” de 2 °C em relação à época pré-industrial, e preferencialmente a 1,5 ºC.

Mudança de rumo

A ONU advertiu este ano que o acordo não está sendo cumprido, o que levou o Papa a publicar em outubro um novo texto, “Laudate Deum”, no qual destaca que o mundo “está desmoronando e pode estar perto do ponto de colapso”.

O jesuíta argentino pensa, no entanto, que a COP28 pode representar “uma mudança de rumo” se os países se comprometerem a trocar o uso de combustíveis fósseis por fontes de energia limpa.

Depois de buscar referências na ciência para embasar sermões sobre a mudança climática, o Papa Francisco espera que sua histórica presença na conferência da ONU sobre o clima, a COP28, ajude a inclinar a balança nas negociações cruciais. O pontífice, de 86 anos, que tornou a defesa do meio ambiente um dos pilares de seu papado, deve fazer um discurso no evento, que ocorre em Dubai, no dia 2 de dezembro.

Esta será a primeira vez que um papa assiste a uma cúpula da COP desde sua criação em 1995. Espera-se que Francisco denuncie a omissão dos países envolvidos e que os incite a reduzirem drasticamente as emissões de gases de efeito estufa.

O pontífice também pode ajudar a reconstruir a confiança dos países vulneráveis ante a mudança climática e as ricas economias poluentes.

Em um momento no qual alguns países aumentam em vez de reduzir a produção de energias fósseis, “o Papa se destaca como uma presença quase divina entre hordas de pecadores”, diz à AFP o professor Sverker Sorlin, especialista em governança ambiental no Real Instituto de Tecnologia de Estocolmo.

“O Papa pode não mudar as mesas de reunião, mas pode ser um “ponto de inflexão” que conduza os negociadores (…) à direção correta”, afirma Sorlin, cujos trabalhos têm sido citados por Francisco.

O líder da Igreja Católica, com cerca de 1,3 bilhão de fiéis, insiste há tempos na relação entre mudança climática e pobreza, sendo os mais marginalizados os que pagam o preço mais alto pelo aquecimento global.

Em 2015, Francisco publicou uma encíclica “Laudato Si”, na qual recorreu à ciência para argumentar contra a mudança climática, algo inédito para um líder religioso.

Meses depois, um acordo foi concluído na COP de Paris, no qual os países se comprometeram a limitar o aquecimento global a “muito abaixo” de 2 °C em relação à época pré-industrial, e preferencialmente a 1,5 ºC.

Mudança de rumo

A ONU advertiu este ano que o acordo não está sendo cumprido, o que levou o Papa a publicar em outubro um novo texto, “Laudate Deum”, no qual destaca que o mundo “está desmoronando e pode estar perto do ponto de colapso”.

O jesuíta argentino pensa, no entanto, que a COP28 pode representar “uma mudança de rumo” se os países se comprometerem a trocar o uso de combustíveis fósseis por fontes de energia limpa.

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