A Bahia ocupa a quarta posição no ranking de estados brasileiros com mais casos de mpox, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O estado já registrou 40 diagnósticos da doença, sendo que 70% dos casos (28) foram identificados em Salvador, a quarta capital do país com maior número de pacientes.
A mpox, anteriormente chamada de “varíola dos macacos”, é uma doença viral transmitida por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas, materiais contaminados ou por animais silvestres, como roedores. A infecção provoca erupções cutâneas que, geralmente, começam pelo rosto e se espalham pelo corpo.
Embora a Bahia registre números significativos, não foram confirmados óbitos pela doença no Brasil neste ano. Entre janeiro e a primeira semana de setembro, o país acumulou 1.015 casos confirmados ou prováveis, superando os 853 casos registrados ao longo de 2023.
Casos concentrados no Sudeste
O Sudeste é a região mais afetada pela mpox, concentrando 80,9% dos casos notificados no Brasil. São Paulo lidera o número absoluto de diagnósticos, com 533 registros (52,5%), seguido por Rio de Janeiro (224 casos), Minas Gerais (56 casos) e, em quarto lugar, a Bahia, com 40 casos. Apenas dois estados, Amapá e Piauí, seguem sem registros confirmados.
No ranking das cidades, São Paulo registra o maior número de diagnósticos confirmados e prováveis (370 casos), seguido por Rio de Janeiro (167), Belo Horizonte (43), Salvador (28) e Brasília (23).
Perfil dos infectados
O perfil predominante dos pacientes é composto por homens (94,2%) com idades entre 18 e 39 anos (70,7%). Apenas um caso foi registrado na faixa etária de até 4 anos, e não houve diagnósticos entre gestantes até o momento.
Sobre a doença
A mpox tem um período de incubação que varia entre 3 e 16 dias, podendo se estender a 21 dias. Os primeiros sintomas incluem febre, seguidos de erupções cutâneas que surgem entre um e três dias após o início da febre. A transmissão ocorre enquanto os sintomas persistem, cessando com o desaparecimento das lesões.
A cepa atual do vírus foi identificada pela primeira vez em setembro de 2022 na República Democrática do Congo, que enfrenta surtos da doença desde então.