Um mês após o início da atuação da força-tarefa do governo federal no Rio Grande do Sul, foram destinados emergencialmente R$ 62,5 bilhões para socorrer a população atingida pelas enchentes que começaram em 27 de abril. As fortes chuvas causaram uma tragédia sem precedentes, afetando 471 cidades, matando 169 pessoas e deixando mais de 626 mil desabrigadas.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), o governo tem atuado em seis frentes: resposta emergencial ao desastre, cuidado com as pessoas, apoio às empresas, medidas para o governo estadual, medidas para os municípios e medidas institucionais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou novas medidas para a reconstrução do estado e destacou a necessidade de uma resposta rápida e sem burocracia. Lula visitou o estado três vezes para acompanhar a situação e anunciar a criação do Auxílio Reconstrução, que destina R$ 5,1 mil a cada família desalojada e desabrigada.
Para agilizar a tomada de decisões, foi instalada uma sala de situação no Palácio do Planalto e inaugurado um escritório em Porto Alegre. Além disso, foi criada a Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, ocupada pelo ministro Paulo Pimenta.
Os recursos federais incluem antecipação de benefícios, prorrogação de tributos e apoio a empresas. Entre as ações estão:
- Auxílio Reconstrução: R$ 174 milhões para famílias desalojadas.
- Adiantamento do Bolsa Família: R$ 793 milhões para 619.741 famílias.
- Benefício de Prestação Continuada: R$ 134 milhões para 95.109 beneficiários.
- Liberação do FGTS: R$ 715 milhões para 228,5 mil trabalhadores.
- Seguro Desemprego: R$ 11 milhões para duas parcelas adicionais a 6.636 trabalhadores.
- Restituição antecipada do Imposto de Renda: R$ 1,1 bilhão para 900 mil pessoas.
- Abono salarial: R$ 793 milhões para 756.121 trabalhadores.
- Benefícios previdenciários: R$ 4,5 bilhões para 2 milhões de pessoas.
- Bolsas de Pós-Graduação: R$ 50 milhões para 17 mil estudantes.
- Fortalecimento de ações emergenciais de saúde: R$ 282 milhões.
- Alimentação escolar e reparo das escolas: R$ 22 milhões.
- Importação de até 1 milhão de toneladas de arroz: R$ 7,2 bilhões.
- Apoio a empresas: R$ 15 bilhões, com linhas de crédito especiais.
Em suma, as medidas para o governo estadual incluem postergação do pagamento da dívida com a União e abatimento de juros, totalizando mais de R$ 23 bilhões em reforço financeiro. Municípios também receberam apoio financeiro, com recursos aprovados para ações de Defesa Civil e outras necessidades urgentes.
