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Abusivo: Máscaras hospitalares tem aumento de 2,700% em Salvador

Preocupados com a contaminação do coronavírus, moradores de Salvador têm recorrido ao álcool gel e às máscaras hospitalares para tentar se prevenir da Covid-19. O problema é que, em alguns estabelecimentos da capital, os preços dos materiais tiveram um salto de R$ 7 para R$ 191 – um aumento de 2.700%.

Os abuso de preço, identificado pela Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon) foi na Rua da Mouraria, que fica no bairro de Nazaré. O professor Augusto Pelegrini se surpreendeu com os preços que encontrou, cobrados pela caixa com 50 máscaras.

“Antigamente era R$7 a caixa da máscara. Depois aumentou para R$ 20, R$ 30, agora R$ 191. Ou seja, superfaturada. Agora eu fui na loja para comprar, e o rapaz escondeu do estoque, porque disse o sistema não está funcionando. É um absurdo. A gente está querendo se proteger e o comércio está superfaturando os produtos que tem”, disse Augusto.

Na mesma rua, outra cliente também estava espantada com os preços praticados pelas lojas de material hospitalar.

“Há dois meses atrás, meu pai estava doente e eu comprei uma caixa [das máscaras] por R$ 7,90. Hoje está R$ 191. É um absurdo isso. Uma caixa com 50 máscaras. Isso é um roubo, é um terror”, disse ela.

Por toda a cidade, é possível encontrar pessoas usando máscaras, mesmo sem os sintomas do coronavírus.

“Já estou usando [máscara] há alguns dias. Graças a Deus não apresentei nenhum sintoma. Vim aqui na [Rua da] Mouraria comprar máscara, álcool gel, porque tá difícil de achar”, disse a aposentada Laudice Costa.

Turista portuguesa Maria Alice tem usado máscaras por medo do coronavírus — Foto: Reprodução/TV BahiaTurista portuguesa Maria Alice tem usado máscaras por medo do coronavírus — Foto: Reprodução/TV Bahia
Turista portuguesa Maria Alice tem usado máscaras por medo do coronavírus — Foto: Reprodução/TV Bahia

A turista portuguesa Maria Alice, chegou em Salvador em novembro e vai embora na próxima semana. Também usando máscara para andar nas ruas da capital, ela falou sobre os métodos que tem usado para prevenção.

“Só encontrei sabonete para lavar as mãos, máscara ainda não consegui. Eu estou usando máscara porque se nós protegermos uns aos outros, vamos proteger melhor todo mundo. Se eu espirrar, eu vou deixar micróbios no ar. A princípio, estou limpa, mas a gente nunca sabe. Então é melhor prevenir do que remediar”

A coordenadora da Codecon, Eva Pestana, disse que o órgão está atento para as denúncias feitas pelos consumidores.

“A Codecon está atenta, inclusive criamos uma força tarefa onde vamos atender a todas as denúncias. Essa prática é uma prática abusiva, porque é um aumento injustificado do preço. Além disso, vai de encontro à saúde e segurança do consumidor”, pontuou Eva.

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