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Taxa de desemprego recuou mais entre as mulheres do que entre os homens em 2022

Foto: Divulgação/SDR

As mulheres estão dominando o mercado de trabalho de acordo com os principais indicadores demográficos, apontados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo estimativas da PNAD, 2,463 milhões de mulheres estavam ocupando o mercado de trabalho baiano no ano passado. Elas exerceram atividades laborais com característica formais e informais, principalmente, nos segmentos da Administração Pública (27,2%), do Comércio (19,4%) e de Serviços Domésticos (14,3%).

Em contrapartida, entre os homens a maior participação nos postos de trabalho foi nos setores da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (24,4%), do Comércio (18,2%) e da Construção (12,7%). Vale ressaltar que, no comparativo entre os anos 2021 e 2022, a maior ampliação relativa de mulheres empregadas se deu no grupamento transporte, armazenagem e correio.

As dessemelhanças no mercado de trabalho entre homens e mulheres ainda eram latentes em 2022, mas diluíram quando se observa apenas a taxa de desocupação. O desemprego permaneceu maior entre elas do que entre eles, mas reduziu essa diferença – o recuo da taxa foi maior entre elas do que entre eles. 

Apesar de a taxa de desocupação feminina (19,3%) continuar acima do percentual do grupo masculino (12,5%), houve queda na diferença entre as taxas anuais correspondentes. No ano de 2021, essa distância era de 9,2 pontos percentuais em favor dos homens. Em 2022, por sua vez, essa disparidade caiu para 6,8 pontos percentuais. Para o estado como um todo, no último ano, a taxa média anual de desocupação correspondeu a 15,4% da população na força de trabalho.

De acordo com a PNAD Contínua, as mulheres permaneceram sendo maioria da população na condição de subutilização – classificação dada ao grupo de pessoas de 14 anos ou mais que gostaria de trabalhar. Em 2022, 1,534 milhão de mulheres baianas integravam a população subutilizada, enquanto o total dos baianos nessa situação correspondia a 1,239 milhão de indivíduos.

As mulheres também se revelaram maioria entre os desalentados, aqueles fora da força de trabalho que estavam disponíveis para assumir um trabalho, mas não tomaram providência para conseguir trabalho por, pelo menos, uma das razões associadas ao mercado. Do total de 611 mil indivíduos em desalento na Bahia em 2022, 355 mil eram mulheres, o que correspondia a 58,1% dos desalentados no estado no referido ano.

Na Bahia, como já é de conhecimento amplo, o grupo dos trabalhadores domésticos sempre foi composto majoritariamente por mulheres. Em 2022, 351 mil mulheres se encontravam nessa ocupação, equivalente a 94,4% do conjunto de trabalhadores domésticos. De 2021 a 2022, observou-se uma inserção de mulheres no contingente de trabalhadoras domésticas.

O montante adicional registrado na amostra foi de aproximadamente 52 mil mulheres. Além disso, na Bahia, o trabalho doméstico tem a marca da precarização, pois essa ocupação é predominantemente informal. Aproximadamente 84,1% das trabalhadoras domésticas exerceram atividade sem garantias trabalhistas naquele ano no estado.

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